CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sábado, maio 11, 2019

NOVEMBRO DE 1963


A Gazeta, 9 novembro
O jornal A Gazeta do período despertou-me algumas reminiscências: uma, a construção do edifício Lobras, no cruzamento das avenidas Sete de Setembro com Eduardo Ribeiro. A edificação empolgava, fora construída segundo as normas da ocasião (se é que existiam normas ou fossem satisfeitas). Nele funcionou no mezanino uma lanchonete top, onde a turma pegava uma “merenda” habitual: sanduíche de queijo coalho e guaraná.
Dez anos depois, quando o Estado encampou o serviço de extinção de incêndios, o Corpo de Bombeiros vistoriou o prédio, estava eu presente como subcomandante desta corporação. A decepção foi grande, pois, internamente era um desastre. Escadas, corredores estreitos, e a ausência de recursos contra o fogo.
Estou certo de que foi melhorado, não apenas a fachada. Em nossos dias abriga, no térreo, a conhecida loja Marisa – de artigos femininos. Compartilho a legenda da foto:

O GIGANTE DA AVENIDA 
A loja surgiu bem modesta, como disciplinava o figurino da época. Vaio como loja do “nada além”, com título bem provinciano de “4.900” (sic), ou o “Bazar das Novidades”. Instalou-se ali onde depois foi a Rianil, a Sul América construiu prédio novo, e o Banco do Brasil se encontra, agora, num provisório sem duração conhecida: na avenida Sete com a Praça 15.
Acompanhou o crescimento da cidade, participou de seus maus momentos. Foi feliz. Progrediu. Hoje está fazendo prédio novo, num dos pontos mais bonitos da cidade. Vai perdendo aos poucos o nome de “4.400”. Arranjou título pomposo de “Lojas Brasileiras de Preço Limitado”. Pelo tamanho do edifício, imagina-se o limite da loja. De preço, nada sabemos.
 
A Gazeta, 11 novembro

A segunda recordação – o governador era Plínio Ramos Coelho (1920-2001), empossado em janeiro daquele ano. Não completou, porém, seu segundo mandato, pois foi atingido por ato do Governo Militar, em junho de 1964. 


A Gazeta, 26 setembro
A terceira, no primeiro exercício governamental (1955-59), Plínio Coelho criou o Banco do Estado do Amazonas (BEA). A fundação desta empresa bancária ocorreu em dezembro de 1956, ocupando o prédio localizado à avenida Sete de Setembro, aos fundos da Biblioteca Pública. Este imóvel já servira à fundação da Imprensa Oficial (1893).  Hoje, no local, bastante modificada funciona uma agência do Bradesco, que incorporou o BEA, em janeiro de 2002. 
O anúncio do BEA foi produzido pela Realart.

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