N. S. do Carmo |
1958 - A 6 de abril, no salão provisório do Colégio N. Sra. do Carmo, monsenhor Arcangelo, perante muitos convidados, fala da necessidade de lançar a campanha da construção da Catedral. Aproveitando o entusiasmo geral, escolhe imediatamente a comissão encarregada: presidente, padre Jorge Frenzzini; vice-presidente, Luiz Lourenço de Souza; secretário, Abrahão Fadul; membros, João do Lago, Olímpio Guarany, José Menezes Ribeiro e Agenor Dinelly.
- 4 de maio, no encerramento das Santas Missões dos Redentoristas, ao fim da procissão, na praça da Matriz, o prelado lança publicamente a campanha, apresentando a comissão ao povo, que imediatamente coloca nas bandeiras marianas uma generosa contribuição.
- 24 de julho, decide-se construir a Catedral na praça do Cemitério, no centro da cidade, eliminando assim, por providenciais dificuldades, a ideia de construí-la no lugar da velha Matriz.
1959 - Em janeiro, a comissão compra tijolos e estoca-os na área escolhida. Os Marianos oferecem quase 300 m3 de pedra jacaré, trazendo-a do Uaicurapá e levando-a ao lugar da construção; tudo de graça.
- a 4 de fevereiro, o prefeito Lourival de Albuquerque sanciona a Lei 2/58, que coloca a praça do Cemitério à disposição da prelazia para a Catedral.
Durante o ano, com paciência, tato e dinheiro, adquire-se toda a área da futura igreja, com praça e obras paroquiais ao lado, servindo-se do intermediário José Rodrigues dos Santos, "o Celeiro". Todos os ocupantes de casas e terrenos receberam trocas vantajosas. Em alguns casos valeu muito o apoio moral do prefeito José Esteves, que até doou uma sua casa em favor de um ocupante.
1960 - No encerramento do mês de maio, o Pe. Jorge inventa a cerimônia do "primeiro golpe de picareta", dado pelo prefeito no lugar da Catedral, para alimentar o entusiasmo do povo.
Pe. Jorge Frenzzini
A 16 de julho, coloca-se a pedra fundamental da Catedral, ao término da procissão de Nossa Senhora do Carmo. Na hora, a Comissão recolhe boas ofertas dos que assinam o “pergaminho lembrança”.
26 de setembro - O governador Gilberto Mestrinho visita as obras em andamento, e deixa seu óbulo.
1961 – a 20 de agosto, Pe. Jorge traz o projeto completo de São Paulo, de autoria do engenheiro italiano Giovanni Butori, que o prepara gratuitamente em amizade aos nossos padres e em homenagem à Maria Santíssima.
Passando por Recife, Pe. Jorge compra uma boa quantidade de cimento.
5 de novembro – inicia-se a construção da Capela da Catedral provisória. Um que morava há dois anos de graça no lugar, só saiu quando viu cavar os alicerces no meio da barraca.
1962 - 1º de maio - Bênção da Capela da Catedral provisória, e nomeação do Pe. Pedro Vignola, vigário da Paróquia da Catedral. A velha matriz fica sede da nova paróquia intitulada do Sagrado Coração de Jesus e, como seu vigário, é nomeado o Pe. Januario Cardarelli.
- Os festejos de julho realizam-se na praça da velha matriz; mas a procissão final conclui-se na praça da nova Catedral.
1963 - Em fevereiro sobem as paredes da ábside e das alas laterais. Em abril, na Semana Santa, as santas cerimônias dividem-se entre as duas igrejas. A Procissão do Encontro, entretanto, concentra-se na praça da nova Catedral.
Em julho, organiza-se o arraial dentro do terreno da paróquia, à direita da capela provisória; por sinal desenvolve-se muito ordeiro e poético no meio do arvoredo.
1964 - Durante os festejos de julho, operários voluntários em grande número lança a aguada no piso da Catedral, trabalhando de noite nas horas do arraial. Tanto que no dia 15 a novena celebra-se dentro da Catedral.
1965 - As cerimônias na Catedral em construção, na Semana Santa, enfrentam vento, que apaga o Círio, no sábado, e chuva, que obriga a encurtar o pontifical na tarde da Páscoa.
Todo o novenário dos festejos de julho celebra-se na Catedral em construção, e, no dia 17, o bispo lê na igreja os nomes dos 120 que ofereceram vales.
1966 - Por sugestão do Sr. José, da Casa Preferida, realiza-se em favor da Catedral o primeiro Festival Folclórico de Parintins, na quadra paroquial inaugurada no ano anterior, a 6 de junho.
1967 - No retiro do Carnaval, o bispo lança a campanha do madeirame para o telhado. Os marianos do interior oferecem mais de 15.000 palmos de itaúba de primeira. Com a posterior resolução de fazer a cobertura com armação de ferro, a venda da madeira cobre quase toda a despesa com o ferro.
1968 - A 15 de fevereiro, assina-se com o Cibresme o contrato da armação de ferro do telhado e, no dia 21 de maio, o engenheiro José Maria vem estudar melhor in loco o projeto, especialmente da ábside.
1969 - A 13 de março, começa a ser montada a estrutura metálica do telhado, que fica pronta no seguinte 3 de abril. A 24 de maio, uma boa salva de foguetes festeja o completamento da cobertura com telhas de amianto e cimento vindas da Colômbia.
10 de outubro, os marceneiros da cidade tomam o compromisso de oferecer as 13 portas da igreja e das sacristias.
1970 - em 20 de junho, é sentada a última porta, a central de entrada.
1971 - Neste ano e em 1972 rebocam-se as paredes internas. A capela do Santíssimo recebe um bonito altar de mármore de Carrara. Fora preparado para uma catedral da Birmânia [atual Myanmar], mas, devido a guerra e as mudanças políticas naquele país, ficou armazenado na Itália. Nosso bispo conseguiu que o Pe. Pascoal Zielio, seu conterrâneo, grande devoto da Virgem, o presenteasse a Nossa Senhora do Carmo.
1972 - em 6 de julho, chega da Itália o ferro de cantoneira e começam logo a ser montadas as janelas na oficina do Seminário.
1973 - a 5 de abril, chega da Itália também o acrílico, para as janelas. Durante o resto de 1973 e no ano todo de 1974 continuam os serviços das janelas e do reboco das paredes.
1975 - a 3 de maio, termina o nivelamento do piso com uma camada de massa. No entanto, o prefeito, Dr. Benedito Azedo, melhora a praça com calçadas e pavimentação da parte central.
1976 - a 23 de agosto,inicia a pavimentação do piso com tijolinhos da Olaria Pe. Colombo, seguindo o conselho do Dr. Severiano Porto, conhecedor da olaria e da Catedral.
1977 - O Irmão Miguel De Pascale, de 6 de janeiro até 22 de julho (dia que vai de férias a Itália), ilustra a Catedral com impressionantes pinturas: na capela da Eucaristia, desenha a “Ceia” no centro e, nos lados, a “Multiplicação dos Pães” e os “Discípulos de Emaús”. Na capela da Penitência, pinta a “Crucificação de Jesus”, no meio e, nos lados, o “Bom Pastor” e o “Filho Pródigo”.
A 25 de janeiro está pronta a pavimentação do transeto. A 11 de julho inicia a construção do trono de Nossa Senhora.
1978 - Para a festa de julho pinta-se o trono da Virgem e pavimenta-se o piso da nave principal e do átrio.
1979 - O Irmão Miguel pinta na ábside, à direita, cenas do Novo Testamento (Anunciação, Natal, Caná da Galiléia) e, à esquerda, episódios do Antigo Testamento (Elias no Monte Carmelo, A Promessa no Paraíso Terrestre, Ester).
Coloca-se novo aparelho de som e procede-se às escavações da torre. A fachada da Catedral é revestida de ladrilhos de barro, produto de nossa olaria.
1980 - A 24 de março, terminam os trabalhos de fundição dos alicerces da torre, cujo estudo técnico foi preparado pela Suplan, por ordem do engenheiro Dr. Simão Assayag, que dá toda a assistência técnica à construção da torre.
Dom Arcangelo, governador Lindoso e prefeito Reis, 1980
Sendo modesta demais a renda da festa de julho de 1980, o bispo, em companhia de Sebastião Araújo e outros voluntários, consegue com um “Livro de Ouro” bom auxílio para a torre, que vai subindo lentamente.
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