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terça-feira, maio 17, 2011

Abastecimento de água em Manaus (I)

A alternativa escolhida para a captação e distribuição de água passa a ser executada. O projeto foi organizado pelo engenheiro Lauro Bittencourt, ajudante da diretoria de Obras Públicas.

Fac-símile da assinatura de José Paranagua
Em 1884, a represa da Cachoeira Grande estava conclusa e passa a operar, após os testes necessários. Ao mesmo tempo, o presidente José Paranaguá providencia a construção do primeiro reservatório, intitulado de Castelhana.

A construção da represa esteve a cargo de fabricantes ingleses – John Moreton & Co., certamente os fornecedores das turbinas Fourneyron e bombas de duplo efeito. Mais adiante, apesar de concluída, a edificação passa a responsabilidade de Tarciano Maurilo Torres (cujos dados biográficos relatarei em breve) e, ainda um pouco depois, as mãos de José Teixeira de Souza.

Quanto ao reservatório da Castelhana, construído em alvenaria e pedras, possuía 4m de altura e, para corresponder ao seu uso, uma elevação de mais de sessenta metros. Possuía a capacidade de armazenamento de mais de 4.500m3 de água. Ainda que desativado, o prédio se encontra na avenida Constantino Nery próximo ao Boulevard Amazonas.

Com esse dispositivo tem início o abastecimento de água da cidade de Manaus. Logo, porém, os técnicos concluem da pouca utilidade do reservatório; o nível de água captado não permitia pressão para abastecer com eficiência a pequena cidade. Sob essa conjuntura, Manaus deixa o regime provincial, em 1889.

Somente em 1893, o governador Eduardo Ribeiro manda construir outro reservatório. O reservatório do Mocó, instalado em terreno bem mais elevado, junto ao cemitério de São João Batista, onde ainda pode ser admirado.
Reservatório do Mocó, em nossos dias (foto de Carlos Navarro)
De construção metálica, possuía duas câmaras de armazenagem com capacidade para 5.650m3, protegido por expressiva edificação. Sua inauguração, no entanto, ocorreu em 23 de setembro de 1899, no governo de Ramalho Junior. (segue)

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