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Se a
instalação da Igreja registrou-se em Manaus sob as bênçãos de Nossa Senhora, a Diocese do
Amazonas organizou-se em momento dedicado às questões sociais, movimento que se
consagrou nos programas da doutrina social da Igreja.
A diocese
foi criada no dia 27 de abril de 1892,
quando o papa Leão XIII deu nova organização à Igreja no Brasil, ao editar
a bula Ad Universas Orbis, plantando
novas e desmembrando a do Amazonas da diocese do Grão-Pará. A matriz
paroquial de Nossa Senhora da Conceição, informa monsenhor Francisco da Silveira Pinto, elevou-se à
categoria de Sé-Catedral.
"Nesse
mesmo ano, prossegue monsenhor Pinto, em maio, no dia 19, a nova Catedral recebe a visita de
três ilustres prelados: Dom Jerônimo Tomé da Silva, bispo do Pará; Dom Antônio Cândido de Alvarenga, bispo do
Maranhão e Dom Joaquim José Vieira, bispo do Ceará. O bispo do Pará viera para acertar medidas para a instalação da nova
diocese e posse do primeiro bispo".
A bula Ad Universas Orbis
estabelece os limites da nova diocese: "Ao Norte, limitar-se-á com o território da Guiana Inglesa, com o das
repúblicas de Venezuela e Nova-Granada (Colômbia). Ao Poente, com as do Equador e Peru. Ao Sul, com a da Bolívia e com a diocese de Cuiabá (MT), da qual
separar-se-á pelo rio Ji-paraná, pelo Tapajós depois da foz do Três-Barras até
a foz do Uruguatás. Ao Nascente, finalmente, os limites serão a diocese de Belém (PA) pelo rio Nhamundá, pelas serras de
Parintins, donde se segue por uma linha reta até à margem esquerda do
Tapajós a contar do ponto em que se encontra a foz do supradito
Três-Barras".
Dom Frederico Costa, bispo do Amazonas |
Em 1946, por via do
desmembramento efetuado para propiciar a criação de prelazias e prefeituras apostólicas
no Acre, em Cruzeiro do Sul, Porto Velho, Rio Negro, Rio Branco, Lábrea, Tefé e Alto Solimões,
a diocese do Amazonas ficou reduzida à zona centro-oriental do estado do Amazonas,
limitando-se a Leste com o estado do Pará; ao Norte, com as prelazias do Rio
Negro e do Rio Branco; ao Sul, com as prelazias de Lábrea e de Porto Velho e o estado
de Mato Grosso; e a Oeste, com a Prefeitura Apostólica de Tefé.
No capítulo destinado aos
pastores da Igreja no Amazonas, demorar-nos-emos no trato da figura de seus bispos
e arcebispos. Mas, vale a pena anotar logo um pormenor da ação pastoral
desenvolvida por Dom José Lourenço da Costa Aguiar, primeiro bispo, que, movido
pelo anseio de levar a mensagem cristã aos povos nativos da Amazônia, desejou
aprender o nheengatu, para falar aos índios em sua própria língua.
A partir do pontificado de
Leão XIII, a Igreja adotou conduta voltada para a questão social, cujo conteúdo
ideológico foi expresso na célebre encíclica Rerum Novarum, que
arregimentou as forças do Povo de Deus nos rumos da aproximação do fosso que os
séculos armaram entre o capital e o trabalho.
A
mensagem de Leão XIII teve profunda influência nas transformações operadas na vida
social, econômica e política do mundo, estimulando a própria Igreja a também se
orientar nessa direção.
Dom Luiz Vieira, atual arcebispo de Manaus |
Nessa data, dados extraídos do site da arquidiocese, o território arquidiocesano
se espalha por uma superfície
de 65.146 km2 e evangeliza uma população de 1.709.010 habitantes. Para isso, a atividade eclesiástica
dispõe de 714 comunidades eclesiais; 53 paróquias e 21 áreas missionárias.
Enfim, para a pregação da “fé na floresta”, a Igreja dispõe de 123 presbíteros
(destes, 41 diocesanos) e três bispos, sob o báculo de Dom Luiz Soares Vieira,
arcebispo de Manaus.
Grande coroné, vez em quando me atualizo sobre o passado por meio de seu blog.
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