Detalhes do salão nobre do IGHA |
Nossos Institutos
Históricos
Padre Nonato Pinheiro
(do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas)
É notável a contribuição que os Institutos Históricos e Geográficos têm dado e vêm
dando a cultura nacional. São instituições que
abrigam inteligências lúcidas e espíritos curiosos, afeitos aos serões fecundos das leituras remansadas e rebuscas incessantes, no estudo e na pesquisa das ciências que lhes são atinentes.
Padre Nonato Pinheiro, 1952 |
Sem embargo de ostentarem comumente nas fachadas de seus edifícios e na heráldica de seus escudos e brasões a designação de Institutos Históricos e Geográficos, a verdade é que a História e a Geografia não esgotam as ocupações mentais de seus membros. Outros ramos dos conhecimentos humanos integram os objetivos culturais desses prestimosos sodalícios, cuja variedade oscila de uns para outros, o que é fácil averiguar pelos respectivos estatutos, ou pela simples consideração de suas Comissões Permanentes.
Costumam figurar, além da História e Geografia, outras ciências da humana sabedoria, principais e correlatas, à maneira desses rios caudalosos, que, além das calhas centrais, possuem numerosos tributários.
No Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, é bem reduzido o número de Comissões Permanentes, dado que essa primacial instituição se restringe ao estudo e divulgação da História, Geografia, Arqueologia e Etnografia. No Instituto Histórico e Geográfico do Pará, no que concerne às ciências, há as comissões de Geografia e Etnografia, História e Arqueologia, Numismática e Filatelia.
No Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, é bem reduzido o número de Comissões Permanentes, dado que essa primacial instituição se restringe ao estudo e divulgação da História, Geografia, Arqueologia e Etnografia. No Instituto Histórico e Geográfico do Pará, no que concerne às ciências, há as comissões de Geografia e Etnografia, História e Arqueologia, Numismática e Filatelia.
O do Ceará limita-se à cultura da História, da Geografia e da Antropologia do Brasil, especialmente a cearense.
O de Sergipe investiga a História, a Geografia, a Arqueologia, o. Folclore, a Etnografia e as línguas indígenas. O Instituto de Minas Gerais perquire a História, a Geografia e as ciências correlatas. O de São Paulo ocupa-se de História, Geografia, Numismática, Filatelia, Genealogia e Etnologia.
Ilustração de matéria sobre o IGHA, O Jornal, abril 1966 |
Citei à ventura as preocupações culturais de alguns Institutos Históricos de nossa pátria, apenas para por em realce que fica patente uma como oscilação no âmbito de suas atribuições científicas. O nosso Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, navegando nas águas de algumas instituições congêneres, assim nacionais como estrangeiras, admite vastíssimo âmbito de investigações científicas, o que facilmente se depreende do número de suas Comissões Permanentes: Bibliografia, Estatística, Cartografia, História Geral, História do Brasil, História do Amazonas, Historiografia, Historiologia, Antropologia Física e Cultural, Sociologia, Ecologia Cultural, Geografia (física, matemática, humana, política, histórica, zoológica e botânica), Arqueologia, Arqueografia, Paleografia, Paleontologia, Filologia, Linguística, Botânica, Zoologia, Geologia, Mineralogia, Genealogia, Nobiliarquia, Diplomática, Folclore, Iconografia, Monumentos Históricos, Numismática, Glíptica, Gliptografia, Heráldica, Filatelia, Ex-libris,
Vinhetas e Estudos Indígenas.
Como se vê, podemos dizer do IGHA o que Jesus disse da casa de seu
Pai, "in domo
Patrls mei multae mansiones sunt" (na casa de meu Pai há muitas
mansões).
Publicado em O Jornal, Manaus, 8 março 1970
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