Não há como esquecer este Dia. Assim, vou homenagear as Mães tantas, com as quais parcelei a vida e com as que prossigo compartilhando. E faço em nome de minha avó Victoria, uma mestiza e descendente de ticunas, nascida no lago peruano de Caballococha, em “hermosa orilla”, à margem esquerda do rio
Marañon, localidade então de cerca mil habitantes. Ao tempo da exploração do caucho, analfabeta, ainda jovem, sofreu o assédio dos caucheiros, desse modo levada a gerar quatro novos peruanos. Este infeliz relato familiar conheci há cinco anos quando, ao lado de meu irmão Renato, produzi um livro em homenagem ao filho (dela) Manuel Mendonça, nosso pai.
Nossas mães – Francisca Lima Mendonça – nasceu à
margem do lago do Anveres, hoje pertencente ao Careiro Castanho (AM). E Doroteia Mendoza, a Dona que nos auxiliou com benevolência a encarar a vida.
Esta semana recebi um presente: o livro Memórias
de Barrancos (poesias), enviado pelo autor Isaac Melo, residente em Rio
Branco (AC). Ao revirar o livro, enfrentei o poema postado na contracapa, que
me relembrou a historieta acima resumida de minha ascendente. Sou grato ao
Isaac pela dupla gentileza: o livro bem composto e a deixa para a postagem neste
Dia das Mães.
A bisavó
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