Esta última sexta-feira de maio levou para o infinito o poeta e prosador Almir Diniz de Carvalho. Nascido no Careiro em novembro de 1929, onde foi o primeiro prefeito quando este município recebeu a emancipação. Seu currículo é extenso e respeitável, tanto no trabalho como jornalista, como prosador e poeta, como intelectual ocupante de Cadeiras nos principais sodalícios do Amazonas. Almir Diniz, 1958
A pandemia nos afastou danosamente, ainda efetuamos um reencontro dos integrantes do Chá do Armando, para lembrar o amigo que nos irmanou e nos precedeu com o sinal da amizade e da festividade. Almir o agora o encontra, para uma renovada conversa.
Como despedida de Almir Diniz, que tanto me ensinou a ler e apreciar os bons costumes interioranos, transcrevo um texto de L. Ruas, o padre-poeta, igualmente levado de nosso convívio. As "Palavras à árvore morta" foram escritas em A Crítica, edição de 19 de setembro de 1957.
E o fícus desprovido da
inadvertência da mocidade, o fícus, abalado por tantos males, não resistiu à
notícia. Sentiu que a seiva estacava dentro de seu tronco calejado pelas pedras
duras do calçamento, sentiu que alguma coisa estava se rompendo e... com estalo
de dor, tombou, abraçando a sua rua, acariciado pelo vento que, absolutamente,
não compreendia a razão do colapso.
Mas, assim mesmo, chorava.
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