Recolhi este poema de Violeta Branca (1915-2000) na revista Rionegrino nº 14, circulada em novembro de 1929, editada pelo Atlético Rio Negro Clube.
BUENA DICHA
Há muito tempo, numa tarde lilás de abril
veio uma cigana vivaz, olhos rasgados,
muito gentil
para ler a minha mão.
Disse, que eu seria feliz, teria glórias, amor,
que a minha vida toda, seria de esplendor.
Disse mais: o teu coração
será de um rapaz do Norte,
moreno... elegante... forte...
E foi-se embora, contente com a moedinha na mão,
a linda ciganinha, que era mesmo
uma tentação.
Tenho convicção,
que a ciganinha errou ao ler a minha mão,
e dizer que a minha sorte
estava num rapaz moreno do Norte;
pois dentro desta bela manhã azul,
sinto a minha vida muito presa
a de um rapaz louro, bem do extremo sul.
VIOLETA BRANCA
Precoce a nossa bela Violeta: deduz-se que o bonito poema foi escrito com 12 anos! Valeu, Coronel.
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