CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

segunda-feira, julho 06, 2020

L. RUAS & JEAN COCTEAU




Jean Cocteau
Ontem, ainda rememorando a homenagem promovida na véspea pelo Entretextos ao padre-poeta L. Ruas (1931-2000), assisti no Canal Arte1 o documentário biográfico sobre Jean Maurice Eugéne Cocteau (1889-1963) poeta e cineasta francês, entre outros prodígios. Lembrei-me que Ruas havia escrito algo sobre o prodigioso francês. Texto curto encontrado no livro Clube da Madrugada – 30 anos, de Jorge Tufic.

Transcrevo-o a seguir para registrar os 20 anos sem o “clown”. L. Ruas era certamente um admirador de Cocteau, sem que eu tenha captado o motivo dessa devoção.


EM SAINT-JEAN-CAP-FERRAT

L. Ruas



Jean Cocteau se encontra com Charles Chaplin.

Escreve o repórter de Jours de France que os dois se encontraram, pela primeira vez, há vinte anos e, agora, são vizinhos um do outro.

E no encontro em Saint-Jean-Cap-Ferrat os dois artistas, com suas cabeças laureadas e nevadas de cabelos brancos, divertem-se como se fossem duas crianças.

Chaplin repete para Cocteau as primeiras cenas de seu mais recente filme Um Rei em Nova Iorque (1957). Cocteau aplaude e comenta.

- Charles é um grande poeta.

- Eu já sabia, responde Chaplin, rindo.

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