Pedro Renato (à dir.) e o filho Marcelo, pai do João |
Aproveito para, com a postagem à qual acrescentei algum itálico, abraçar meus familiares pelos seus cumpleaños: Antônio (13), irmão; Fernando (24), sobrinho; Vilma (28), cunhada; e Renato (hoje, 29), irmão.
* * *
Desde que os irmãos
Mendonça nasceram nas distantes décadas de 40 e 50, sempre se pensou que a
trilogia dos santos ficaria incompleta.
Henrique Antônio, 2009 |
Por fim Renato, o caçula,
o cronista que escreve esta, foi certeiro, possibilitou a homenagem ao santo
das chaves do céu e patrono da Igreja Católica – Pedro. Daí, além do tributo ao
santo do dia 29, junto com o significado de renascido — que provavelmente terá
sido escolhido pela mãe Francisca — lhe rendeu o nome composto,
tradicionalmente familiar.
Assim, todos os nomes
tiveram a força divina da Folhinha
(calendário religioso observado pela família católica de então) somada a alguma
homenagem ou significado. Mas, ainda haveria tempo e oportunidade, nas futuras
gerações, para preencher a lacuna do santo mais festejado dessa tríade: São
João.
Fernando, 2003 |
E coube ao Fernando, nascido
prematuramente, esse privilégio. Um mês antes da data prevista, ele já estava
visitando o nosso mundo, exatamente no dia 24 de junho. Um garoto levado, que
se fosse chamado Joãozinho, daria muito mais trabalho. Havia uma falsa
preocupação de que o nome contribuísse para que ele fosse
confundido com o das piadas levianas, as quais normalmente o colocam como
vilão.
Ledo engano, Fernando
deu o mesmo trabalho que todos os meninos da sua geração. Enquanto preocupou,
também encantou. Posso dizer que me diverti muito vendo suas peraltices: os
discos de vinil espalhados no chão, no corredor da casa, servindo de prancha de
surf. As roupas brancas de réveillon expostas nas Lojas Americanas eram como guardanapos, para que ele, se refestelando
de chocolates, limpasse as mãos. E eu não conseguia interromper a algazarra, talvez
por causa do meu sentimento ambíguo, de reprovação e de admiração. Coisas de
pai coruja!
E não poderia deixar de
recordar quando, aos sete anos ele me fez sair às pressas da cadeira do
barbeiro, com o meu cabelo cortado só de um lado e com um pano branco pendurado
ao pescoço. Nandinho saiu em
desabalada carreira, dizendo que ia pra casa e não podia me esperar. Tive que
segui-lo de longe, orientando-o na travessia das ruas para evitar um desastre.
Só depois de vê-lo chegar ao prédio residencial, pude voltar e completar o
corte de cabelo. Velhos tempos!
Agora, já não é mais o Nandinho, tornou-se um homem, tornou-se
um cidadão. Fernando agora dirige a própria família com paixão e devoção. A filha dele, Teresa, lhe devolve em parcelas
a alegria que ele me doou. Parabéns!
De volta aos santos
juninos. Somente com a segunda geração, a trilogia ficou completa. Ficou? E o
nome? Bem, o nome ficou por conta do João Marcelo, da terceira. Explico: Marcelo
Renato, meu primeiro filho, percebendo que estava faltando apenas este nome,
interveio e homenageou o santo. Uma justa homenagem para completar totalmente a
trilogia com nomes e datas.
Os irmãos Mendonça da
primeira geração, que já ultrapassaram a barreira dos sessentanos, podem ficar em paz, porque, passados 58 anos, completou-se
a trindade dos santos.
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