Recorte do Jornal do Commercio, 2 junho 1913 |
A
parte mais proeminente, a central elevatória construída às margens do igarapé
dos Educandos, na desembocadura com o rio Negro, ainda existe servindo de
referência. Depois de anos de abandono ou de utilização fora do projetado, a
central foi transformada em Centro Cultural Chaminé, marcada pela enorme
tubulação, pela chaminé ali edificada.
Detalhe:
catava subsídios para a postagem, quando encontrei no Google, à venda, ações da Manáos Improvements Limited. Quem se
habilita?
Apólice da Manáos Improvements, 1910
No
Amazonas, o governador Silvério Nery (1900-04) contratou com esta empresa a instalação
do serviço de esgotos na capital. O empreendimento levou anos para ser construindo,
ainda assim, faltou somente concluir a estação elevatória.
Ocorre
que esta mesma empresa detinha a concessão do serviço de distribuição de água. Os
preços, todavia, acabaram por sair do previsto e, num crescente, atingiu a
população em geral. A falta de pagamento foi combatida com a suspensão do
fornecimento. Mas, para ser consumado, o Governo permitiu que policiais
militares protegessem os funcionários encarregados do corte.
Em
2 de junho, o secular Jornal do Commercio
publicou uma entrevista com o popular empresário Bernardo Ramos, que explicou a
situação enfrentada pelo povo de Manaus. Em síntese, disse que
“não
bastou a concessão gratuita feita por aquele governo (Silvério Nery) a feliz empresa, da considerável soma superior a
seis contos de réis, custo das obras e materiais da rede adutora da canalização
das águas de Manaus; o aumento progressivo das taxas que passaram ao domínio da
empresa e continuar a cobrar desde o momento em que firmou o maquiavélico contrato”.
E
prossegue o fundador do IGHA, em março de 1917, “quanto a esgoto, propriamente
dito, subsistiam apenas naquela época (1904), um contrato firmado com um feliz
mortal, a que pagou o governo a titulo de indenização, a soma de 500 contos de
réis, e os bueiros que ainda existem, levados a efeito as expensas do Estado e
que nos têm valido”.
Para
concluir, salienta que “a taxa de água é cara e leva-nos a assim pensar muitos motivos,
entre eles o que na prática vamos evidenciar, além dos positivos exemplos com
as devidas relatividades que de sobejo nos tem demonstrado as casas dos
contribuintes da Vila Municipal (hoje
Adrianópolis).”
Portanto,
já desde o início de junho, a insatisfação na cidade avolumava-se, alcançando toda sociedade,
basta analisarmos o discurso de um dos homens abonados de Manaus. Juntou-se a
esse descalabro a insatisfação engajada na Força Policial, vinda de janeiro com a posse de Jonathas Pedrosa.
De regresso à sedição. À tarde de 15 de junho, o movimento armado irrompeu no interior do Quartel da Praça da Polícia, o qual escapando ao controle superior alcançou aos transeuntes, e se estendeu pelo Centro Histórico. Mais especificamente, investindo contra os escritórios desta empresa, situado à rua Miranda Leão, os quais foram depredados. Foi um dia de cão.
De regresso à sedição. À tarde de 15 de junho, o movimento armado irrompeu no interior do Quartel da Praça da Polícia, o qual escapando ao controle superior alcançou aos transeuntes, e se estendeu pelo Centro Histórico. Mais especificamente, investindo contra os escritórios desta empresa, situado à rua Miranda Leão, os quais foram depredados. Foi um dia de cão.
Estava
na memória recente da cidade semelhantes tumultos, pois, em dezembro de 1912,
fora conturbada por motim bem mais grave, também promovido pela Força Policial.
É preciso, portanto, que se relembre a dezembrada
policial para se entender a junina. Ambas
se vinculam, como se verá. No centro da questão duas entidades dinâmicas e impulsivas:
os políticos e os policiais militares. (segue)
Essas ações são negociáveis? Pois conheço clientes que desejam efetuar investimentos dessas ações através do meu escritório, mas preciso conhecer dessas ações, que aparentemente há laudos muito bem elaborados e subscritos por profissionais dos quais recebi informações que são idôneos e prestam seus serviços a outros clientes!
ResponderExcluirOutrossim, há lugar na Grande São Paulo para essas negociações?
Interessante. Cheguei aqui lendo o romance de Miguel Nicolelis," Nada mais será como antes" da editora Planeta minotauro. Ele dedica grande parte do livro para descrever o clã dos Cohen.
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