Coronel Dias, comandante do CBMAM, mostra o tamanho do "pepino" |
Por longo período, foi denominado de Centro de Atividades Técnicas (CAT) o
setor do Corpo de Bombeiros encarregado de expedir certidão sobre normas de
segurança. Todavia, sempre deu problemas de ordem financeira: a “caixinha”
funcionava e nem os inquéritos administrativos já instaurados foram capazes de
sanear a questão. Hoje, informa o noticiário, começa mais um, agora nomeado
pelo governador Aziz.
Creio que, no início dos anos 1990, estive
presidindo um deles, e conclui que acolá funcionava uma espécie de “ação entre
amigos”. Os indiciados foram julgados, mas absolvidos. Para entender a situação atual, exponho pequena evolução desse serviço, que estou convicto não cabe
aos Bombeiros, ao menos, na proporção que os interessados emprestam.
Em 1974, quando a Polícia Militar do
Amazonas assumiu o serviço de extinção de incêndios, que era obrigação da
Prefeitura de Manaus, não existia essa armadilha, a do atestado. Todavia, a
legislação da prefeitura, entre tantas exigências descabidas, exigia dos
Bombeiros um atestado de alguma coisa. Estava assim gerado esse pecado capital.
Dois anos depois, o comando do CB/PM
estabeleceu uma comissão para implantar o serviço de “análise de projetos e
instalações” etc. Logo passou à seção, com o prefixo de B/6. Adiante,
macaqueando o CB de São Paulo, tomou a nomenclatura de Centro de Atividades
Técnicas (CAT, para os íntimos), com séria agravante: a de receber as taxas
pela análise de projetos. Em dinheiro vivo. Caixa dois. Deu-no-que-deu.
Houve evoluções, claro. O centro agora é
uma Diretoria de Serviços Técnicos, empregando um bom número de bombeiros, em
razão do crescimento das exigências na cidade.
As normas de conduta sofreram modificações, como exemplo, o pagamento é
recolhido aos cofres do Estado.
Aproveito para registrar a minha palavra, de ex-comandante dos
Bombeiros ao amigo coronel Antônio Dias. Pedir uma averiguação, como você fez,
não trará grandes resultados. Sabe por quê? Porque os averiguadores, a comissão
instalada é composta de elementos da corporação. Há sempre corporativismo. Nenhum
técnico civil ou representante da Prefeitura está presente na investigação. Milagre não vale.
É preciso que a comissão não apenas averigue
os malfeitos, mas importante, que apresente os meios para consertar, se houver
desvio, a caminhada. Por isso, coronel Dias, mande este “abacaxi” para a
Prefeitura de Manaus, ela sim tem obrigação e recursos para averiguar as edificações,
os reparos, os elevados, a Ponta Negra (onde o senhor está quase solitário). O
Cbmam deve participar disso, sim, mas com uma representação lá na sede do
serviço montado pela PMM.
Não pense que não dará certo. Basta lembrar
que a mesma Prefeitura tomou da Polícia Militar o encargo da circulação de veículos e vai
levando (bem ou mal). Assim, aproveite a oportunidade para se livrar dessa
encrenca, os futuros bombeiros vão lhe agradecer penhoradamente. Fogo!!!!!!!!!
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