Emílio de Menezes, poeta |
A respeito desse recurso, transcrevo a descrição produzida pelo saudoso memorialista Pedro Nava, em seu livro Chão de Ferro. A lembrança dele data de quando era interno do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1918.
E a pérola citada envolve o poeta Emílio de Menezes (1866-1918), “mestre dos sonetos satíricos, humorista, fazia de seus versos instrumento de publicidade para os produtos de consumo de sua época”, que o adolescente Nava via passar na rua onde moravam. Mais tarde, quando conheceu a poesia de Menezes, preferia a burlesca, melhor que a séria, confessa.
Principalmente
pela quadrinha que corria no internato. A do boticário que inventara sabão
maravilhoso para a pele e o chamara Cuticura.
Fora ao Emílio pedir uns versos, de anúncio. Pagava bem. Pois foi contemplado
Quando o Emílio de Menezes
Acorda de pica dura,
Fala, batendo na dita:
Só sabão de Cuticura...
Para
completar o tratamento, alguns anúncios circulados na capital do Amazonas,
entre 1932 e 1935.
Revista Cabocla, 1935
Guia Turístico de Manaus, 1932
Contracapa da revista Cabocla, 1935
Revista Cabocla, 1935
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