Celular |
Foi
aí que compreendi como usar o tal do gêpêesse.
Fabuloso, não há dúvidas, capaz de nos tirar e enfiar, igualmente, em
enrascadas. Nem sempre funciona a contento, ao menos foi o que percebi com as experiências
efetuadas e minha paupérrima habilidade.
Mas,
ao enfiá-lo no bolso, no último sábado, para circular pela cidade, algo me
cutucou a mente. Não leva esse bicho, porque ele vai marcar a caminhada. Ou seja,
ficará gravado na memória ou no chip, sei lá, seus passos. Não levei. Também não
tinha sequer intenção de “pular a cerca”.
Essa
indecisão me trouxe à lembrança outro fato, registrado pelo memorialista Pedro
Nava (1903-84), em Balão cativo
(1974).
Alertada com certos passeios vesperais do cônjuge, a prima Babinha apresentou-lhe um belo dia o perdigueiro que tinha comprado. E você já sabe, hem? tem de levar o cachorro quando for arejar. No fim dum mês ela declarou que não precisava mais não e deixou o marido ir sozinho para os lados do Brejo Alegre. Meia hora depois ela pôs o cão na trilha e foi seguindo pela arreata.
Quando o bicho correu e entrou ganindo e pulando na casa costumeira, ela foi logo sacando da garrucha e disparando a dupla carga de sal na bunda da mulata que fugia, enquanto o cachorro fazia festas e lambia a cara dum Bileto siderado e em menores.
É
melhor prevenir. O gêpêesse canino existe
há pelo menos cem anos, e foi usado com precisão em Oliveira, no caminho das
Minas Gerais.
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