O casal Barbosa e o primogênito |
Morreu na cidade de
Jau (SP), mas será velado em São Vicente (SP), onde morava, depois de enfrentar
com altivez um câncer que o acometeu por anos.
Lauro era o primogênito
do seu Manoel Barbosa, de Pernambuco, e de
dona Raymunda Lima, do Anveres, que apesar do nome excêntrico, existe à ilharga
do Cambixe, um subúrbio do Careiro da Várzea. E, muito importante!, eu era seu primo,
porque dona Raymunda e dona Francisca, minha mãe, eram irmãs.
Nasceu na Estrada,
onde seu pai possuía uma padaria, isso mesmo, funcionando no térreo da casa de “dois
andares” ou sobrado, que servia de residência. Esteve construída ao lado da fábrica
de castanha. Um pouco depois do extinto cine Vitória. Lauro foi aluno do Colégio
Dom Bosco, usando aquele uniforme militarizado, e do saudoso padre Agostinho.
Residência dos Barbosa, na estrada de Constantinópolis |
Lá esteve o sargento
Lauro Adriano, acumulando tempo de serviço e uma reserva financeira. Obteve mais,
sabedoria e disposição para enfrentar a vida. Primeiro, noivou. O cerimonial da
época foi cumprido pelo “velho” Barbosa em casa da noiva. Veio o casamento com
a Ada, vizinha da “estrada”, que o escoltou por toda a vida, dando-lhe as
filhas Andrea e Adriana.
Em 1956, estando no
Rio de Janeiro, recebeu os pais e os irmãos, na época uma dúzia. Cresceram e
multiplicaram-se... Hoje, espalham-se por
alguns estados do País, cuidando de filhos e netos. Lauro seguiu no Exército,
onde alcançou o oficialato na reserva. Mas, antes desse desiderato, concluiu o
curso de bioquímica, e ingressou na loja maçônica, da qual sempre deu sinais de
ativo e vibrante membro. A aposentadoria desfrutava na cidade de São Vicente
(SP), ao lado da mulher, depois que as filhas cuidaram da vida própria.
Sargento Lauro, no início da vida militar |
Despeço-me do primo Lauro, ecoando um dístico
que encima o portão de um campo santo: Ide, em paz, que seus ossos descansem, “enquanto
esperam pelos nossos”.
Prezado ROberto,
ResponderExcluirParabéns pela linda homenagem, irie repassar aos meus tios aqui em Santos/SP.
Perdemos o membro principal de nossa familia.
Nos deixou ricos ensinamentos.
Sinto muita saudade
Abraços,
Anderson
Filho de Ivo Manoel Barbosa de Lima e Norma Olivetti
Bela homenagem mesmo!
ResponderExcluirJá está correndo entre os irmãos, sobrinhos e amigos.
Obrigada!
Giuliana - irmã do Anderson, filha do Ivo e sobrinha do Lauro!
Prezado Coronel Roberto e para mim, amigo "Papai Noel".
ResponderExcluirSua mensagem com uma riqueza histórica muito boa, nos faz lembrar de coisas a muito esquecidas. Somente um amigo e parente dos velhos tempos para nos relembrar de todas estas façanhas.
Excelente homenagem e com certeza um grande guerreiro que nos deixará muitas saudades. O tempo passa e aos poucos vamos nos encontrando novamente em outro lugar.
Abraços,
Luís Jorge Macedo de Lima
Filho de Arnaldo Barbosa de Lima e Suely Macedo de Lima
Coronel Roberto,
ResponderExcluirSou Clarissa, filha da Adriana e neta do vovô Laurinho. Suas palavras apenas confirmam o exemplo de homem que ele foi para todos nós. Costumo dizer que meu avô fundou minha base moral, ética e de amor ao próximo. E falo isso sem exagero algum, uma vez que durante muitos anos da minha infância e adolescência, foi meu velhinho que me fez crescer. Já adulta, tento seguir os passos dele no caminho da bondade e da força de lutar pela vida, em todos os sentidos: trabalho, família, estudos e consciência de carinho com aquele que precisa.
Meu muito obrigada,
Clarissa Barbosa