CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sexta-feira, março 11, 2011

ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS

Detalhe da fachada da Academia,
 em 1984
Em novembro de 1971, esta entidade recepcionou a intelectualidade do Estado para homenagear o então ministro da Educação, Jarbas Passarinho (1920-). A presidência da Casa de Adriano Jorge competia ao saudoso cientista Djalma Batista (1916-79), que conduziu a festividade.

Na ocasião, foi entregue o prêmio ao vencedor do concurso sobre Castro Alves, comemorativo do centenário de falecimento do poeta de Navio Negreiro, ao então universitário Nelson Azevedo dos Santos

Jornal do Commercio. Manaus, 26 nov. 1971
O ministro Jarbas Passarinho estava acompanhado do governador João Walter. Na solenidade, o presidente da Casa palestrou pela Academia, tendo validado o título de sócio correspondente da Academia Amazonense de Letras ao homenageado, ao reconhecer nele “um escritor amazônico”, ligado aos problemas regionais, principalmente os educacionais.
Djalma Batista

Djalma, de Tarauacá, lembrou a coincidência de Jarbas, de Xapuri, ambos nascidos no Acre para, discorrer sobre a epopeia acreana e o vulto de Plácido de Castro, descrita pelo imortal Araújo Lima. Enfim, denominou ao encontro acadêmico de “uma festa regionalista”.

O ministro Passarinho improvisou o agradecimento, desculpando por não conhecer melhor a Academia Amazonense, a qual passa a pertencer e aos seus membros. As inúmeras tarefas do Ministério não o permitiram esse aprofundamento. Mas, ressaltou a figura de Péricles Moraes, ocasião em que solicitou uma foto do “velho mestre”.
Aproveitou bem assim para discorrer sobre a obra de Alberto Rangel, o criador do Inferno Verde, ressaltando que, “apesar da vasta literatura dando à Amazônia outras definições”, foi esta que “pegou”.

Página do Jornal do Commercio. Manaus, 26 nov. 1971
Destacou quatro hoje finados acadêmicos: Djalma Batista, modesto, mas pesquisador sério; Genesino Braga (1906-88), “o homem muito tendente às hipérboles”; Mário Ypiranga (1909-2005), pela lucidez de grande historiador; e Padre Nonato Pinheiro (1922-94), pelo valor inestimável de sua obra. Jarbas Passarinho encerrou proclamando que “na Amazônia há grandes homens!”.

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