A pandemia do covid19 embaraçou muitas
celebrações. No dia da criação da província do Amazonas, a Polícia Militar do Estado
não se lembrou da inauguração do seu principal aquartelamento situado no bairro
de Petrópolis, acontecido há 50 anos. Ainda que somente estivesse concluído o
pavilhão principal, destinado a abrigar o comando superior da corporação, como
em nossos dias acontece, o fato é que o governador Danilo Areosa o realizou solenemente.Muro frontal do quartel,
em Petrópolis (2019)
em Petrópolis (2019)
Areosa efetuou com dupla solenidade.
A primeira, ocorreu no quartel do CIM (Centro de Instrução Militar), localizado
na rua Dr. Machado, sobre o barranco do igarapé do Mestre Chico, onde atualmente
o CPM (Comando de Policiamento Metropolitano) preserva o que restou do velho
quartel do “Piquete” de cavalaria, o portão de ferro construído no final do século
19. No espaço esportivo ali existente, local
de tantas “peladas”, o governado do Estado realizou a entrega das medalhas Tiradentes e Cidade
de Manaus.
Detalhe: no CIM, a instrução policial foi
inicialmente realizada em barracão de madeira, que fora improvisado, a fim de treinar
o primeiro grupo de soldados, antes deste enfrentar os problemas da rua. Em 1972,
o Piquete foi demolido e dele foi guardado o portão da entrada, ainda agora exposto
no pátio do novo aquartelamento.
Uma descrição jornalística relata a segunda parte
da solenidade, que diz respeito à inauguração do pavilhão (ainda inominado) principal
do quartel em Petrópolis. A planta da edificação prenunciava mais quatro pavilhões,
no entanto, somente mais dois foram concluídos. Com esse fato, parte do vasto
terreno adjudicado para a edificação foi ocupado por terceiros. Ainda assim, o
quartel sempre foi grande demais para sua ocupação.
Terminada
a aposição das condecorações, os presentes se dirigiram às novas instalações da
PM, no bairro de Petrópolis. O
governador inaugurou o pavilhão lá existente e prometeu que entregaria em
dezembro os outros quatro pavilhões que formarão o Quartel General da Polícia
Militar do Amazonas. O pavilhão tem linhas discretas, modernas, e foi feito para
alojar 150 homens. (Jornal do Commercio, 6 set. 1970)
Pretendi, esforcei-me com afinco para que a
corporação afixasse sequer uma placa – dessas de alumínio modesto – no pavilhão,
com o fito de assinalar a sua fundação. Não obtive vitória. Desse modo, vou
afixar a minha, ainda que virtual.
Em 5 de setembro de 1970, ocorreu a inauguração deste pavilhão,
que compõe o
complexo policial de Petrópolis, obra do Arquiteto
SEVERIANO MÁRIO
PORTO
nascido
nas Minas Gerais, mas que adotou a capital amazonense,
onde produziu suas mais premiadas obras, daí seu reconhecimento
internacional.
Com o respeito
deste rabiscador
Roberto Mendonça
Solenidade no CIM, coronel Maury apõe medalha no prefeito Paulo Nery; ao fundo, a extinta castanheira; (à dir.) a inauguração do novo quartel (Jornal do Commercio, 6 set. 1970) |
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