O 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), instalado em Itacoatiara, consoante o decreto 1854/70, completa hoje 50 anos de existência legal. Sua destinação inicial: orientar e fiscalizar todos os destacamentos do interior do Estado. Destacamento era a primitiva organização de policiamento dos municípios, reunindo elementos de diferentes OPMs (Organização Policial Militar), subordinados a um delegado de Polícia, quase sempre reformado da corporação.
Tunel verde na avenida central de Itacoatiara |
O resultado nunca foi satisfatório, é fácil imaginar. Ao tempo, o único meio
de comunicação era o barco de “recreio”, que ligava a capital aos diversos
aglomerados interioranos. Telefonia? Nem pensar. Restava o serviço de “aviso
para o interior”, promovido por emissoras de rádios, sendo o mais notório o da
Difusora.
Desse modo, o policial ao deixar a capital, deixava um procurador para
gerir seus vencimentos e outros “interesses”, pois o soldo era pago na capital.
Um pouco adiante, a corporação conseguiu que a coletoria de cada município efetuasse
o pagamento. Tem mais, se houvesse alguma manifestação sobrecarregada na
localidade, que fazer? Esperar pela sorte. Os ribeirinhos eram bem pacatos,
essa a sorte grande.
Portanto, foi para controlar, seja lá que outra injunção for, diante de tantos
empecilhos, esses destacados que surgiu o 2º BPM, homenageando Candido Mariano,
comandante da tropa amazonense que marchou contra Canudos (1897).
Quando acima afirmei que o BPM surgiu legalmente, é que este já funcionava desde maio daquele ano, primeiro sob o comando do tenente-coronel Júlio Carvalho, que passou ao major Pedro Lustosa, e este ao major Santos Freire, em agosto. Esta unidade possui, pois, dois primeiros comandantes: Carvalho e Santos Freire.
As necessidades apontadas e a precaução que deveria existir sobre os destacados, levou o comando-geral à criação do CPI (Comando do Policiamento do Interior), realizada pelo decreto 3421/76. Em decorrência dessa evolução o 2 º Batalhão teve estabelecida sua transferência para a Velha Serpa. Não obstante a presteza, a mudança somente ocorreu em agosto de 1979, sob o comando do então tenente-coronel Humberto Henrique Soares. Enquanto o quartel foi construído, a tropa esteve alojada em um imóvel pertencente a Diocese, situado na avenida central.
Coube ao comandante tenente-coronel
Cabral Jafra (1985-86) a oportunidade de inaugurar o quartel, situado
a rua Benjamin Constant - Santo Antônio, sendo comandante-geral,
coronel Helcio Motta. Lamento que a corporação tenha ignorado tão grandiosa
data.
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