A nota aqui compartilhada traz uma curiosidade bem característica da
Manaus de antanho. A de marcar a casa comercial pela cor, a fim de que o freguês,
em particular do interior, não se engane. Toma por exemplo o prédio Kahn & A casa Kahn vista da
igreja Matriz
Polack,
que ainda permanece no cruzamento da rua Instalação com a avenida Sete de
Setembro (um simulacro de hotel, com lojas de variedades no térreo). Neste
local, ao final do século 19, a Polícia Civil utilizou as dependências do andar
superior.
Este recorte foi retirado do Jornal do Commercio, sem que saiba a data.
Antigamente, as casas comerciais tinham
como distintivo a cor da pintura de suas fachadas. Nos anúncios que faziam,
dirigidos aos seus fregueses do interior indicavam quer a situação do
estabelecimento quer a cor da tinta com que, permanentemente, eram pintados.
A casa Kahn & Polack teve sempre a cor
azul.
Eis a transcrição de um desses anúncios,
quase sempre publicados em a quarta página dos jornais, ocupando-a toda. Por sinal,
é precisamente do estabelecimento de que tratamos:
Casa Kahn & Polack &. Cia.
Rua da Instalação junto ao grande prédio em construção, fronteira à rua Henrique
Antony.
A frente é pintada de azul (Esta discrição
é para os fregueses do interior não se enganarem com outro. (1881)
***
Mas, consideremos a afirmação da nota supra
transcrita: 0 terreno onde a firma Kahn & Polack levantou o grande sobrado
que foi há poucos anos incendiado, foi comprado ao comerciante português Antônio
José Lopes Braga.
Não é exato.
Esse terreno, os srs. Kahn & Polack
adquiriram ao clínico paraense dr. Antonio Emiliano de Souza Castro, depois barão
de Anajás, e sua esposa d. Mirandolina Fernandes de Souza Castro que o houveram
por herança de seu sogro e pai João Francisco Fernandes.
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