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domingo, agosto 23, 2020

JOSÉ LINDOSO: CENTENÁRIO DE NASCIMENTO

Governador Lindoso 
recebe oficiais da PMAM
 Na última sexta-feira (20), a família do ex-governador José Lindoso festejou o centenário de nascimento do patriarca. Na igreja de
Nossa Senhora de Nazaré, reuniram-se os familiares e os amigos – raros, por sinal – para a celebração. Estive presente, em uma igreja vazia. Amostras do longo tempo e da pandemia, certamente.

Conheci o governador José Lindoso, na condição de oficial da Polícia Militar, observando a sua administração a partir da Praça da Polícia. Confesso que foi um período confortável, cumprido no encerramento do período do Governo Militar (1964-85). Seu sucessor foi o professor Mestrinho, que me convocou para trabalhar no Palácio Rio Negro.

O filho Pedro Lindoso foi quem organizou a manifestação religiosa, ocasião em que distribuiu o folheto sobre o pai, que é patrono da Cadeira 34, ocupada pelo Pedro, na Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas. Compartilhei do folheto os parágrafos finais: 

 

Lindoso sempre demonstrou uma enorme preocupação com a Natureza. Ensinava que os movimentos de preservação da Natureza começaram no norte da Europa e que nesses países a legislação era severa e fiscalizada com rigor. Admirava São Francisco de Assis, que valorizava os pequenos e os pobres em alto grau de espiritualidade, irmanando-se aos peixes e às árvores, protegendo os rios e a floresta.
Capa do folheto da ACLJA

José Lindoso é lembrado como um governador cioso quanto à responsabilidade fiscal e na estrita observância da legalidade dos gastos públicos. No pleito de novembro de 1982 Lindoso foi derrotado pelo candidato do PMDB ao Senado, Fabio Lucena, companheiro de chapa vinculada obrigatoriamente em toda legenda, ao candidato vitorioso ao governo do estado, Gilberto Mestrinho.

Sempre brincou com seus interlocutores. Sempre dialogou com os filhos, parentes e amigos. Era um homem de família. Acreditava no papel positivo de um grupo familiar bem constituído. Sua última atividade em vida foi a de professor de Direito cedido à Universidade de Brasília (UnB) pela Federal do Amazonas.

Em sua última viagem ao Amazonas desejou fazer um passeio de barco no rio Negro. Providenciaram uma tartarugada. Foi um belo encontro de confraternização entre seus amigos e ex-auxiliares. Parecia estar voltando à cena política. Fez vigoroso discurso recheado de ideias e projetos. Mas após esse encontro, retornou a Brasília e não mais voltou ao Amazonas. Pouco depois faleceu em Brasília em 25 de janeiro de 1993.

Era casado com Amine Daou Lindoso, com quem teve sete filhos: Felipe José, Maria Adelaide, Luís Maurício, Pedro Lucas, Liliana Maria, Flávia Maria e Clara Maria.

Convite para a Missa do centenário

 

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