Jornal do Commercio, 8 agosto 1969 |
O texto seguinte saquei do matutino indicado na legenda:
Com a inauguração ontem [7 agosto] das subdelegacias dos bairros do Morro da Liberdade, Flores, Raiz e Parque 10 (Conjunto Castelo Branco) ocorridas ontem, o governador Danilo de Mattos Areosa partirá, agora, para a construção de mais oito subdelegacias nos bairros da Matinha, Colônia O. Machado, Nova Betânia, Crespo, Japiim, Petrópolis, São Lázaro e Santo Antônio, sendo que estas quatro últimas deverão ter suas obras de construção concluídas dentro de dois meses, conforme previsão da Secretaria de Obras do Estado.
A construção de subdelegacias nos referidos bairros e constante do Plano Quinquenal do Governo Danilo Areosa, e obedece a uma planta padrão, dotada de instalações adequadas ao perfeito funcionamento das atividades daqueles órgãos subordinados à Secretaria de Segurança, possuindo, inclusive, alojamento para policiais de plantão.
O governador Danilo de Mattos Areosa procedeu, na manhã de ontem, a inauguração das subdelegacias de Flores, Parque 10 (Conjunto Castelo Branco), Raiz e Morro da Liberdade, detendo-se nesta última, onde pronunciou um discurso, presentes o sr. Moacyr Alves, secretário de Segurança do Estado, funcionários daquela secretaria e outras autoridades.
As construções das delegacias seguiam um padrão; este é a de Flores, porém a inauguração geral ocorreu na do Morro |
A abertura da solenidade foi feita pelo sr. Moacyr Alves que ressaltou a ação do Governo em dotar os bairros de Manaus de subdelegacias em prédios e instalações condignas, em substituição às antigas, em sua maioria de madeira. “Isto é mais uma demonstração da seriedade com que o Governo de V. Exa. encara o futuro, porquanto são obras duradouras, como têm sido todos os demais empreendimentos, pois a administração atual realiza sempre visando o futuro”.No discurso que fez por ocasião dessa solenidade, o sr. Danilo de Mattos Areosa ressaltou, mais uma vez, a preocupação do seu governo pela segurança pública, pois entende que nenhum povo pode progredir e desenvolver sem que haja ambiente de paz e tranquilidade. “Nenhuma obra pertence ao Estado, que apenas administra e aplica dinheiros públicos, e sim, ao povo”, disse o governador Danilo Areosa em sua alocução. Cabe, portanto, prosseguiu — “à população deste bairro zelar por este imóvel, pois em seu benefício, ele foi construído”, concluiu.
Nota
pessoal:
Estive morando
no Morro entre 1959 e 1966, quando fui engajado na Polícia Militar do Estado. Ainda assim, não participei da inauguração deste órgão de segurança. Que, por óbvio, prestou
estimado auxílio à segurança do Morro, então tido como um pedaço de “mau caminho”.
A ligação que hoje utilizamos para alcançar o bairro da Cachoeirinha ainda não
existia, o igarapé do Quarenta impedia. Como o passar do tempo, a delegacia foi
perdendo sua importância, assim viu-se aproveitada para abrigar a Associação de
Mães, que ainda hoje ocupa o cinquentenário prédio.
No entanto, recordo-me
bastante do Campo do Bariri, onde foi construída a delegacia, que era onde a moçada
do Morro se divertia, antes de alcançar o Quarenta para o banho reconfortante.
Apesar da estatura (1m64), era eu o goleiro do Botafogo, da rua São Pedro. E,
no Bariri, não foram poucas vezes que fiz raiva ao adversário, mas, bem mais, aos
colegas botafoguenses. Depois da delegacia, veio o Centro de Saúde. Mas isso é
outra história.
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