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sábado, agosto 03, 2019

MÁRIO YPIRANGA: SUAS CRÍTICAS




Vasculhando a “Biblioteca Mário Ypiranga Monteiro existente no CCPA (Centro Cultural Povos da Amazônia), encontrei em livros e revistas ali examinados notas críticas expressas pelo formador desta coletânea. Ou seja, ali se encontram apreciações do saudoso mestre Mário Ypiranga em compêndios manuseados pelo próprio. Anotações nem sempre elogiosas, quase sempre tóxicas.
Folha de rosto do livro

Dou partida à série com a observação inserida no livro Aparição do Clown, de L. Ruas (padre Luiz Augusto de Lima Ruas), de 1958, mas com lançamento em fevereiro de 1959, vide a data manuscrita pelo apreciador. Este livro se constitui de um longo poema religioso, bastante controverso, que segue desafiando sua interpretação. Já relacionei meia dúzia de intérpretes e, em parceria com o saudoso Jorge Tufic, publiquei-os em Intérpretes de Aparição do Clown. (Fortaleza: Realce, 2010)

O prefácio deste livro-poema pertence ao acadêmico André Araújo (da Academia Amazonense de Letras), desembargador e católico atuante, portanto, o primeiro a encarar a difícil trajetória do “pássaro ferido”. Sua análise se encerra com esta sentença: “ Que o entendam os que mergulharem no profundo de sua dialética; que tenham ouvido aqueles para quem o poema é dirigido; que vejam os olhos d’alma daqueles que devem ver os símbolos e os mistérios que estão contidos nos versos áureos do imortal poeta de APARIÇÃO DO CLOWN”.

Texto final do Prefácio, com a observação do leitor

Pois bem. Mario Ypiranga grifou “... versos áureos do imortal poeta...”. E à margem da página, sintetizando sua leitura e descrença, escreveu somente um palavrão: Porra!

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