Quem ainda não conhece os
Portos de Lenha, comuns nos rios amazônicos e que servem de abastecimento aos navios
a vapor, poderá ter uma ligeira ideia deles, tirando uma mirada do sugestivo
cliché acima.
Realmente, grande é a semelhança
entre os admiráveis Portos de Lenha dos rios Solimões e Negro e esse que se localiza
ali às biqueiras do edifício onde funciona o Departamento Estadual de Segurança
Pública, em frente ao Grande Hotel que, pode dizer de passagem, é mesmo sob qualquer prisma, um autêntico
Porto de Lenha.
Moroso, sem dúvida, é o pessoal
que trabalha no embarque de lenha, para o estranho navio que ali se abastece, e
isto porque, cada vez que os fornecedores chegam ao porto fica congestionado durante
vários dias. E, contudo isso, é que as autoridades competentes não tomam qualquer
providência para descongestioná-lo.
Enfim, são coisas de Manaus.
O
jornal A Gazeta destacava em sua edição alguma foto, para mostrar algum
deslize da administração municipal. Neste, o clichê mostra o cruzamento da rua
Marechal Deodoro com a avenida Sete. Na esquina estava o Grande Hotel,
aos fundos estava o “casarão”, alcunha da Chefatura de Polícia, prédio
desaparecido em favor da expansão do Banco do Brasil.
E
a monturo de lenha mostrada na foto, que a reportagem sutilmente critica,
pertence ao hotel, que foi desativado, mas o prédio segue referenciando o local.
E o local pacato e sem transeuntes de antanho, nada se parece com o movimento de
nossos dias.
A cena é de 1955, quando o governador Plínio
Coelho começava sua administração, impondo uma renovação no Estado.
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