Roberto Mendonça, Natal 2011 |
Com hotelaria farta na Ilha, tornou-se fácil a
hospedagem. E, como propala o slogan hoteleiro, estava no centro de tudo. Observei
a cidade enfeitada para essa festa familiar. As lojas cheias, no movimento
geral. Programei a missa do galo, agora rezada no início da noite.
Mas me faltou muito, pois a festa do Natal é bonita,
portanto, é difícil encontrar quem não goste. Deixe para trás os meus mais próximos. E para
complicar, uma chuva fina e persistente desabou sobre a Ilha, deixando-me ”ilhado”
na Ilha. A chuva durou vinte e quatro horas. O restaurante do hotel falhou e passei
outros incidentes mais, foi assim que curti meu Natal inesquecível.
Aproveito esta post para, aproveitando o Natal, abraçar
a quantos me entusiasmaram com suas visitas e comentários. E para marcar a
data, reproduzo o soneto do saudoso poeta Jorge de Lima.
POEMA DE NATAL
NUMA certa noite de Natal,
aquele homem de uma grande metrópole
queria um abrigo para passar a noite;
um reveillon, uma mulher ou
mesmo um bar servia,
Mas todas essas coisas tinham muitos corações
por dentro delas.
E, entretanto, todas essas coisas
estavam muito vazias,
O homem foi, então, passear pelas ruas;
mas o povo era tanto que o homem
já pedia
um abrigo para se livrar dos outros,
E o homem fugiu da metrópole
e buscou os caminhos que vão ter
às pequenas aldeias.
Mas o povo que vinha nos caminhos
para a grande metrópole
esbarrou no homem sem abrigo.
E foi então que os sinos de Cristo
começaram a chamar o homem fugitivo
para o novo caminho em que Jesus
seguia.
Excedente de A Túnica
Inconsútil. Publicado em o Estado
da Bahia,
Salvador, 24 dezembro 1938
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