Comandante Ventura (1897-1961) |
Na antevéspera do Dia da
Padroeira do Amazonas, completa-se meio século que desapareceu o comandante Ventura, condutor da
Sociedade dos Bombeiros Voluntários de Manaus (1952-63), com sede no bairro de
Aparecida. Morreu vitimado em acidente de trânsito, quando retornava do combate
ao fogo, na rodovia Torquato Tapajós.
Para reverenciar ao
ilustre personagem, durante esta semana vou postar o capítulo que elaborei para
o livro Os Bombeiros do Amazonas, já em processo editorial.
Começo com parte de uma carta escrita por sua filha.
Começo com parte de uma carta escrita por sua filha.
Meu pai - comandante Ventura, nasceu na
freguesia de Bonfim, conselho e distrito de Porto (POR), em 14 de abril de
1897. Era filho de Antonio Loureiro Dias e de Guilhermina Ventura Dias. De
baixa estatura, apenas 1,62m, cabelos castanhos, rosto redondo e de cor branca,
diria que era um autêntico português. Em idade mais avançada, passou a usar óculos.
Meu pai desembarcou em Manaus em 10
de agosto de 1919, com 22 anos, recebido pelo nosso tio-avô Ventura, o mesmo
que o levara ao Rio, agora morando aqui. Desembarcou quando nossa cidade
começava a ver a fartura da borracha desaparecer ou minguar, segundo me contou.
Aqui chegando, meu pai, que não pode concluir o curso de química em Portugal,
passou a exercer a profissão de marceneiro, montando uma oficina à rua Marcilio
Dias.
Em 1930, casou-se com Silvia Isabel
Neves, irmã de Leopoldo Neves, o Pudico, e o casal foi residir à rua
Alexandre Amorim, no então bairro dos Tocos. Político atuante, seu cunhado Pudico,
mais adiante, seria prefeito de Parintins e governador do Estado (1947-1950).
Do casamento, nascemos: José Luciano, em 1931, e eu, Maria Neves Ventura
(casada com Moacir Xavier), em 1932. (segue)
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