Folha de selo Boas Festas |
Na antevéspera de fim de ano, e para registrar
a transição desta década, volto às publicações dos Correios. E volto a lembrar
que houve um tempo não muito distante, em que os desejos de venturas natalinas,
assim como os augúrios de Ano Novo eram expressos através de impressos filatélicos.
Mantive em minha coleção filatélica inativa
uma folha de selos com a marca de Boas Festas (emitido em 1992) pelo correio
nacional, aqui exposta. Da mesma maneira, exponho envelopes que as empresas aproveitavam
para saudar seus clientes. E ainda um Cartão Postal da Iugoslávia (1966-67) com
a mesma finalidade, como votos de Felice Anno Nuovo e em outros idiomas.
Recorte de envelope enviado a um cliente |
A modernidade espancou essa forma simpática,
personalíssima de lembrarmos os nossos próximos, em particular distanciados
pela geografia, e que os correios construíam a majestosa ponte dessa lembrança.
Primeiro foi a telefonia que nos aproximou, nos fazendo mais ligados, onde as
vozes permitiam trocar os nossos anseios. Ao nos achegar pelo telefone, o
impresso perdeu essa habilidade. O imediatismo não permitia esperar mais pelo
carteiro. O celular, então, pôs a lápide sobre a missiva e seus afins.
Cartão Postal emitido pela Iugoslávia |
Aproveito, no entanto, para daquele modo externar
meus votos de Próspero Ano Novo, no princípio da década de 2020. Este algarismo
promove em mim certo sobressalto, como se o ano 20 fosse contado em dobro. É deste
modo – em duplicação – que eles seguem: crédito em demasia e saúde bastante, para
você, leitor desta post, e seus mais prezados.
FELIZ ANO NOVO
Página da revista "Tematica" (1986), sobre o tema Natal |
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