CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

segunda-feira, outubro 26, 2015

SERGIO LUIZ PEREIRA (1966-2015)

Sérgio Luiz Pereira
Faleceu ontem, em pleno domingo de bastante chuva, chuva que parecia lamentar a partida de nosso amigo. Serginho, como nos acostumamos a tratá-lo, saiu de cena sem alarde, sem atender ao nosso insistente apelo para que nos acompanhasse por mais anos. Não deu ou não foi possível. Morreu às vésperas de seu cinquentenário.

Funcionário da Editora Valer há quinze anos, onde servia como Revisor de talento e competência. Nesse labor, teve a oportunidade auxiliar a revolução editorial que a Valer executou em nossa cidade, assegurou o editor Tenório Telles. Assim, por sua apreciação técnica passaram inúmeros livros, tanto os clássicos reeditados quanto os livros de escritores amazonenses e de outras procedências.

Sonetista de qualidade, produziu dois livros: Cordas da liraSopros do oboé. Preparava um terceiro, já em fase de editoração, que os amigos já se comprometem em lançar logo que possível.

Bjarne Furtado
De outro modo, era vice-dirigente de uma associação litero-musical-etílica, que responde pelo dialético nome de Chá do Armando, e que se reúne toda sexta-feira, após o expediente. Ou seja, desde o começo da noite até o encerramento das lembranças e lambanças, ou que as altercações e as criações artísticas se esgotem, por parte dos presentes. Serginho era o termômetro desse pessoal, pois sabia conduzir a entidade com sorriso espontâneo e uma estimulante dose de Red. 

Três músicos desse pessoal, sob a direção do violinista Bjarne Furtado, reuniram forças para, executando o Carinhoso e outros temas de prazer do falecido, promover uma despedida repleta de soluços entre a plateia. Nessa oportunidade, o Cauã (foto), filho do falecido, achegou-se ao caixão e parecia dialogar com o pai. Que terão conversado?

No final desta tarde, os "chazistas", os amigos e os parentes o levaram para o Campo Santo. No cemitério Nossa Senhora Aparecida, popularmente do Tarumã. A partir de hoje, é naquele local que ele vai -- ao som do oboé -- nos aguardar.  
Até a eternidade, amigo Sérgio Luiz Pereira.

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