Detalhe da armadura existente na PMAM |
As
vestimentas metálicas eram apresentadas como medievais, quando verdadeiramente
eram peças fabricadas como adereços. Mas, como impressionavam!. E, como eram
capazes de comportar um homem, em algumas paradas
de Sete de Setembro “desfilaram” em carro aberto.
A
respeito do desfile há outra faceta acontecida em 1957. Cleto Veras, major do
Exército, comandante da Polícia Militar, determinou ao capitão Edmundo
Monteiro, comandante dos Bombeiros, que usasse a tal armadura no desfile do Dia
da Pátria. O capitão reclamou alegando a dificuldade em suportar o trambolho em
meio ao sol forte.
O
comandante da PM não admitiu a desculpa, disso resultou uma desavença entre
ambos, que por pouco não chegou ao desforço físico.
Eu
desconhecia que essa peça metálica tivesse saído do quartel. Assim pensando,
promovi uma exposição de material da PM no Shopping Amazonas. A expo foi
dividida em três seções, e a armadura representava os primeiros momentos da
vida policial militar no Amazonas. Pensava que a “armadura medieval” fosse
dominar a exposição.
Isso
não aconteceu em função da presença de uma motocicleta Harley Davidson. Essa, de
fato, concentrou as atenções de tantos marmanjos, que chegaram a imaginar um clube
da Harley.
Mais
adiante, quando eu dirigia o Museu Tiradentes, para ilustrar uma entrevista com
o comandante da PM, levamos a armadura ao estúdio da TV Amazonas, então situada
na avenida Carvalho Leal, na Cachoerinha. Desconheço o ibope alcançado. Isso dito,
vamos à faceta contada pelo professor
Mário Ypiranga.
COURACEIROS EM MAUS LENCÓIS (*)
De
vez em quando estou encontrando uma foto batida por mim durante certa parada,
ao lado do Teatro Amazonas. Não sei quem o autor intelectual da "patriótica"
inovação, mas ela acabou em corre-corre quase fatal. Haviam metido dois
soldados arigós dentro das armaduras
medievais do museu da Polícia Militar, a fim de desfilarem.
Só mesmo uma
cabeça desmiolada poderia conceber aquela farsa extemporânea. Quando o sol
começou a esquentar o metal
da armadura completa, os dois arigós não aguentaram o calor e se mexiam gritando, dando azo a que o povo saudasse a marmotada com gritos e assovios, isto porque, para desvestir os dois títeres
deu um trabalhão. Quase morriam sufocados.
da armadura completa, os dois arigós não aguentaram o calor e se mexiam gritando, dando azo a que o povo saudasse a marmotada com gritos e assovios, isto porque, para desvestir os dois títeres
deu um trabalhão. Quase morriam sufocados.
(*) Mário Ypiranga Monteiro. Histórias facetas de Manaus: anedotas envolvendo figuras amazonenses. Manaus: Edições Governo do Estado, 2012.
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