CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

domingo, março 16, 2025

POESIA DOMINICAL (21)

O Chá do Armando foi, enquanto subsidiado pelo saudoso Armando de Menezes, uma agremiação que, na sexta-feira, reunia os simpatizantes para conversas regradas com uísque e outros ingredientes próprios dos admiradores. Ainda em nossos dias, alguns remanentes deste sarau relembram esses encontros litero-alcoólicos.

O poema aqui postado me chegou às mãos sabe Deus como. Sei que muito já se registrou em prosa e verso sobre o Chá – codinome do uísque – e o patrono. A postagem relembra a presença dos saudosos poetas “chazistas” Almir Diniz e Jorge Tufic. Outro detalhe: o Chá visitou alguns endereços, o citado no poema é do Ideal Clube, então dirigido pelo falecido Humberto Figliuolo. 

Logomarca do referido grêmio

 

SONETO AO “CHÁ DO ARMANDO”

 

No “Chá do Armando” tem fraternidade,

todos falam o verbo coração.

Aí e aqui, nesta urbe ou no sertão

fortifica-se mais nossa amizade. 

Deste bar, na fronteira da cidade,

são lembrados um a um e cada irmão

e a todos nos envolve uma canção

falando de ternura e liberdade. 

Nossa irmandade, -- quando a tarde desce

de toda sexta e bem na hora da prece –

vai à tenda do Humberto. Na verdade 

Entre cantos, luzência e poesia,

o Armando a comandar tanta alegria...

no Ideal sobrevoa a fraternidade! 

Tufic e Diniz (a 4 mãos)

Morada do Sol, em 24.07.2016

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