Se estivesse entre nós, estaria hoje completando o nonagésimo ano de existência. Todavia, o padre-poeta L. Ruas passou para a eternidade em 2000, aos 69 anos, abatido por um AVC. Conhecedor de seu trabalho literário, espalhado em livros e publicações jornalísticas, e aliado ao privilégio de ter sido seu discípulo no Seminário São José, resolvi divulgar sua produção. Isso venho operando desde 2004, ocasião que marcava o cinquentenário de sua ordenação sacerdotal, igualmente a criação do Clube da Madrugada e do Instituto Christus.
Para lembrar seu
nascimento, intentei o lançamento do livro que reproduzia sua coluna Ronda
dos Fatos, iniciada no jornal A Crítica, com passagem pelo Trabalhista
e pela A Gazeta. Todavia, o apoio solicitado e prometido não se
concretizou. Em sequência, desisti de convidar aos dirigentes da EE Padre Luiz
Ruas, no Zumbi 3, para que cantassem os parabéns por esta efeméride.
Um outro projeto
rolava: em companhia de meu irmão Renato, outro admirador do padre-poeta, organizamos
uma coletânea de seus contos, publicados em livros e jornais. Demos-lhe o título
de Dois meninos no mundo e outros contos, que pode ser encontrado nos
market place, bastando para tanto digitar seu título no Google. Com essa providência,
você pode comparar preços e adquirir ou impresso ou digital.
Contra capa do livro |
Já escrevi bastante
sobre o autor, confessando minha admiração por L. Ruas, de maneira que encerro
esta postagem reproduzindo a homenagem inserida em Orfeu no Labirinto (Valer),
de Dedé Rodrigues, saudando “o mestre com carinho”. Ruas compôs Poemeu,
Dedé, Poeteu:
busquei
teus caminhos
enveredei
densos bosques
penetrei
letras de abismos
conheci clowns
sonhos
fantasia
o lírico
o épico
o dramático
a crítica
a beleza
dos teus versos
e tentei
fugir
do amor
do teu Deus
mas já
era tarde...
hoje
quando não
há mais vigília
ainda
escuto teu canto:
Quando
escuto passos no caminho
Sei
que não vens...
Mas,
te espero...
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