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sábado, abril 10, 2021

EVOLUÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE NA PMAM |3|

Mais um passo na evolução do Serviço de Saúde na Polícia Militar do Amazonas, prosseguindo a partir da implantação do Estado Novo, em 1930. 

Brasão do Serviço na PMAM

ESTADO NOVO (1930)

Competiu ao interventor federal Álvaro Maia, notável poeta e escritor, que havia sido capitão da PM, servidor da Auditoria Militar, a autoria da desativação da Força Estadual, em novembro de 1930. Também lhe coube o ensejo de reativá-la, em abril de 1936.

Quando desse retorno, consoante o decreto 99, foi dada nova projeção ao Serviço de Saúde – ou até diria que foi inaugurado, com previsão de três médicos: um capitão e dois tenentes, um dos quais, veterinário (profissional inalcançável em Manaus de então). Sem anotações, simplesmente a primeira vaga foi contemplada ao incorporar o Dr. Walmiki Ramayana de Paula e Souza de Chevalier. Abreviando o verso de seu sofisticado nome: Ramayana de Chevalier (1909-72). Excelente escritor e polemista, aqui nascido, mas que fez sucesso no Rio de Janeiro, então Capital Federal. Comentam os paralelepípedos de Manaus que este falecido clínico nunca receitou uma Cibalena ou um Melhoral. Digo eu, optou por escrever (muito bem) crônicas à receita médica. 

Em 1936, retornou a Manaus, depois de formado em medicina e realizada a etapa da residência, o doutor Ramayana de Chevalier. Homem bem relacionado, muito em função da ascendência paterna, encontrou acolhida em Álvaro Maia, interventor federal, que o designou para dirigir o Serviço de Saúde da PMAM. 

A situação econômica do Estado continuava precária. A 2ª Guerra (1939-45) trouxe desalentos, mas, também, reforço financeiro para o Amazonas. Na área sanitária, recordo a criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). Em relação ao tema que se aborda, em 1943, foi ampliada uma parte do quartel da Praça da Polícia, pela rua José Paranaguá. No segundo andar, foi construída e instalada uma Enfermaria, que devia permitir além dos primeiros cuidados médicos, os de curativos, e da baixa de doentes com diagnósticos triviais. 

A movimentação desta enfermaria obrigou a inclusão de enfermeiros, com a hierarquia de praças. Talvez o primeiro enfermeiro tenha sido Benedito Nogueira Sombra, cearense, incluído em 1947, que seguiu na função até sua aposentadoria, no meado dos 1970. Outros, foram: Edgar Lira de Oliveira e Valadares Pereira da Silva, incluídos em 1952 e 1955, respectivamente. 

Em relação aos médicos, ainda não foi nessa oportunidade que se estabeleceu um Quadro de Saúde. Não consigo aquilatar a indiferença desses profissionais para com o “emprego” na Força Estadual. Seriam os salários? Ou a falta de recursos básicos? Ou a própria hierarquia e a disciplina? Todavia, sempre havia um de “plantão”. Vejamos alguns “plantonistas”: Djalma Batista (na condição de capitão, entre março e julho de 1943), conhecido pela sua dedicação e pela erudição; Antonio Hosanah da Silva Filho (reformado coronel, um dos raros a se manter na corporação); Danilo de Aguiar Corrêa (de 1945, morto em acidente de aviação no interior do Estado, quando deputado estadual); Alfredo Corrêa Lima (reformado coronel). (segue)

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