Comecei este Blog há onze anos (a completar em abril próximo) e já efetuei duas mil e duzentas postagens, que, se impressas poderiam se converter em cinco volumes de variados temas.
Obtive uma centena e pouco de seguidores e, somente agora, conquisto meu 1º milhão de visualizações. Desconheço se alguém já se vangloriou por tão pouco, pois este número é costumeiramente alcançado contado em dias. Todavia, estou contente com minha produção, que a consolido em respeito a minha divisa: catando papeis, escrevendo histórias.
Repiso o que disse quando alcancei duas mil publicações: trata-se de um exercício de aposentado, que necessita preencher o tempo vago, e ponha vago nisso. De outro modo, serve-me para desovar os inúmeros papeis velhos recolhidos nos arquivos nacionais. Isso é próprio de pesquisador, a guarda tão apaixonada de seus tesouros, ou aqueles que considera privilégio possui-los. E veja, eu os guardava, mesmo os tendo publicado nos livros que produzi.Esse recesso sanitário que já persiste por um ano, que me impede de
visitar os arquivos locais, serviu-me para gravar o material que dispunha,
tendo publicado neste espaço alguns e outros foram digitalizados e
disponibilizados. Ao cabo desse exercício, todos foram guisados (como se fazia
com o “papagaio” ou pipa do concorrente, em tempos idos).
Retomo para um terceiro tempo, publicando o quanto entendo ser de interesse
coletivo, pois, de vez em quando sou procurado por algum leitor interessado ou
na cidade ou em religião ou em seus ascendentes e por aí afora. Nesta estação,
sigo exercitando a memória e refinando a angústia, pois como burilou o saudoso poeta
Luiz Bacellar em “Noturno no bairro dos Tocos”:
memória e angústia fundem-se num branco
cavalo manco numa rua torta
Espero alcançar breve o novo milhão (melhor se fosse em dólares) de visualizações, para tanto, assim vai prosseguir o Blog do coronel Roberto.
Roberto Mendonça - dez 2020 |
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