Rescaldo da área |
Abaixo, em vermelho para lembrar a corporação, o compartilhamento:
Tragédia de Educandos
Cenário: incêndio em amontoado de casas/barracos de madeira construídos
sem o menor planejamento, que desenham um sem fim de estreitíssimos becos (sem
e com saídas). Os moradores desesperados tentando salvar seus pertences
(colchões, máquinas de lavar roupas, botijas de gás etc.), tornam os becos
intransitáveis. Os gases aquecidos sobem e encontram os ventos mais frios,
reoxigenando o incêndio e provocando fortes correntes que alastram o fogo
vertiginosamente.
Os Bombeiros podem até chegar em tempo razoável porém, não têm como
evoluir no labirinto de becos entulhados e evitar a rápida propagação do fogo.
Em meio à gritaria que dificulta a comunicação, as mangueiras, quando se
consegue alguma evolução, são reduzidas a poucos metros pelo ziguezague que
fazem nas curvas dos becos e nas pernas das palafitas, perdendo preciosa
pressão.
A situação se complica tanto para moradores quanto para os Bombeiros que
trafegam, quase sempre, em sentido contrário daqueles.
A saída é, em tempo de paz, urbanizar essas áreas, construir habitações
com planejamento, deslocar o excedente populacional dessas áreas para outras
apropriadas, tornando as áreas habitadas da cidade mais favoráveis à atuação
dos órgãos prestadores de serviços de socorro.
Nosso Corpo de Bombeiros não tem a estrutura ideal para uma cidade com
as proporções de Manaus, no entanto, esse cenário não é o indicado para medir a
capacidade operacional da instituição.
Que Deus dê forças às pessoas prejudicadas para que sejam resilientes; a
paz de espírito e sentimento do dever cumprido aos guerreiros do fogo e
direcionamento às ações do Estado e do Município no sentido de repensarem e
hierarquizarem as prioridades.
Visão do local no momento do incêndio |
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