A Loja Caetano Felix do
Nascimento comemorou anteontem (12/12) quarenta anos de fundação. A sessão
comemorativa seguida de jantar, reunindo seus integrantes e familiares,
acrescido de convidados, ocorreu no restaurante Coco Bambu, localizado no
Shopping Ponta Negra.
Placa de reconhecimento |
Estive presente por uma
razão inusitada: ao ser nomeado representante da família do saudoso patrono da
Loja. Em verdade, pertencemos, sim, a mesma família corporativa, ou seja, à Polícia Militar do
Amazonas, no posto de coronel. Desse modo, estou de posse da placa de homenagem
a Caetano Felix do Nascimento – in memoriam – pelos “relevantes trabalhos em
prol do crescimento dessa Augusta Oficina”. Fiz um compromisso com os
dirigentes desta, de que em breve vou repassar a merecida Placa aos descendentes
do titular.
Caetano Felix nasceu na
capital do Piauí, há exatos 100 anos, posto que seu natalício aconteceu em 20
de novembro, quando a riqueza da belle
époque manauara atraía brasileiros e estrangeiros. Manaus era a capital da
borracha.
Essa atração atingiu a
Caetano muito cedo, pois, aos 18 anos ingressava como Soldado na Força Policial
do Amazonas. Em 1936, quando esta entidade de segurança pública era reativada,
depois de amargar cinco anos posta em disponibilidade, por força da ditadura de
Vargas. Obviamente, retornava ao serviço público com mais energia e disposição
ao trabalho.
Euclides e Roberto |
Não há registro sobre o grau
de instrução de Caetano, porém deveria ter sido convincente, pois no ano
seguinte alcança o 1º lugar no curso de Cabo. Seis anos depois de sua inclusão
atingiu o oficialato, mediante concurso. Era, então, 2° tenente. E foi
crescendo na hierarquia, é claro que arrostando os tempos penosos do Amazonas,
que definhava devido a perda do monopólio da borracha.
Na metade do século passado,
com o Estado em derrocada, não obstante o apoio financeiro quando da Segunda
Guerra, Caetano alcança o último posto na ativa, era tenente-coronel. Nas condições
citadas, em 20 de agosto de 1954 (dias antes do suicídio de Getúlio Vargas), o governador
Álvaro Maia o designou para exercer o comando da PM amazonense. O agora comandante
possuía apenas 36 anos de idade. Em dezembro do mesmo ano, foi transferido para
a reserva (aposentado), conforme regras ocasionais, mas continuou no comando
até a posse do novo governador (Plínio Coelho), em 31 de janeiro de 1955.
Dez anos depois, eu
ingressei na Polícia Militar do Estado. Esporadicamente encontrava o coronel reformado
Caetano Felix, até que, em abril de 1970, ele assumiu a presidência do Clube dos
Oficiais (hoje associação), grêmio criado pouco antes da posse dele no comando
da Força. Integrei essa diretoria como 2º secretário. Nada mais sei.
Mesa diretiva |
Tão somente sei que seu nome
encima a ARLS 2028 Caetano Felix, governada pelo jovem Venerável George Rodolfo
D. de Oliveira, auxiliado, entre outros, pelo Ruivaldo Moura, meu camarada na briosa
corporação da Praça da Polícia, e por Euclides Alves (foto), que me proporcionou
essa fulgurante reunião que, registro, renovou meu entusiasmo pela corporação maçônica.
Desejo à Caetano Felix, ad multos annos!
Parabéns pelo blog. O senhor saberia o mês e ano de morte do Cel Caetano e onde ele está enterrado?
ResponderExcluirSou da Loja Caetano Félix do Nascimento