Capa da publicação, acervo do Arquivo Público |
O Governo
Militar (1964-85) estabeleceu uma operação com universitários, visando que estes,
conduzidos pelo interior do país, pudessem conhecer a realidade e, ao mesmo
tempo, prestar algum auxílio advindos dos conhecimentos adquiridos. Subordinada
ao Ministério do Interior, a operação piloto ocorreu em julho de 1967, contando
com estudantes e professores da Universidade do Estado da Guanabara (em nossos
dias, Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da Federal Fluminense e
Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.
O "projeto" de fato funcionou, guardou apenas a nomenclatura, e cresceu substancialmente, porém, com o encerramento do Governo Militar, acabou por ser encerrado.
No entanto, em 2005, o governo reacendeu esse trabalho, com a expectativa de
que possa “integrar” o País.
A nota
abaixo foi retirada do Almanaque
Municipal Brasileiro, referente ao Estado do Amazonas, editado em 1970.
PROJETO RONDON
O Projeto Rondon é um movimento surgido
no meio universitário brasileiro, tendo por lema “Integrar Para Não Entregar”.
Tendo como patrono Cândido Mariano da Silva Rondon, já está institucionalizado
através do decreto n° 62.927, de junho de 1968, sob a forma de um Grupo de
Trabalho, integrado por todos os Ministérios e debaixo da responsabilidade
direta do Ministério do Interior.
É um movimento diferente de seus
congêneres, não sendo inspirado ou copiado de outros, constituindo-se em uma
atividade bastante complexa, dinâmica e com grande riqueza de potencialidade. Essas
características justificam o processo com que vem sendo estruturado, de maneira
progressiva e experimental, de acordo com as características peculiares ao
nosso país, com a realidade e a magnitude de seus graves e complexos problemas socioeconômicos,
e, particularmente, respondendo aos anseios, à maneira de ser, pensar e agir de
nossa própria juventude.
Nada nele é imposto. Tudo é reflexo e
resposta aos impulsos emitidos. Daí a grande dificuldade dessa estruturação não
deformá-lo, burocratizando-o ou fazendo-o afastar-se da espontaneidade com que
foi criado e de sua identidade com o pensamento dos jovens. É um programa de
educação, ou melhor, de complementação prática da formação universitária.
Seu objetivo é a integração do jovem e da
própria Instituição Universitária à realidade brasileira, de forma a que
participem mais diretamente da problemática do Desenvolvimento da Integração
Nacional e da Valorização do Homem. Sua forma de atuação é a do aprendizado
indireto, através da prestação de serviços. Seu princípio básico, o do
voluntariado.
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