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quinta-feira, dezembro 20, 2018

CLUBE DA MADRUGADA (5)


Nota para a história do Clube da Madrugada recolhida no jornal A Gazeta, de 20 de agosto de 1955, portanto, antes do primeiro aniversário deste Movimento, como bem o define o acadêmico Zemaria Pinto.



A residência do desembargador André Vidal de Araújo (*) voltou a acolher, ontem, os inteligentes moços que constituem o Clube da Madrugada que, na ocasião, prestaram significativa homenagem ao poeta, escritor e jornalista caboclo Ramayana de Chevalier, presentemente nesta capital.

Precisamente às 20h30, o poeta Jorge Tufic abriu os trabalhos, cedendo a palavra ao acadêmico de Direito Miguel Barrela, que, interpretando o pensamento do Clube da Madrugada, exaltou as qualidades do escritor e poeta Ramayana de Chevalier, para no final salientar que o Clube da Madrugada sentia-se feliz ao recepcionar o ilustre convidado, bem como conceder-lhe o título de Sócio Emérito.

Facultada a palavra, tomou-a o desembargador André Araújo cuja oração eloquente foi um retrospecto do porquê da fundação do Clube da Madrugada. Frisou o ilustre sociólogo amazonense as maravilhosas peças intelectuais que os moços da referida entidade têm produzido e que, em futuro não muito distante, estarão sendo glorificadas pelas mais luminares personalidades do nosso mundo literário.

Em seguida, falou o homenageado, Ramayana de Chevalier, para salientar o seu vivo contentamento ao ser recebido pelo Clube da Madrugada. Chevalier frisou, na sua oração eloquente, que a Amazônia gigante dentro de mais alguns anos estará recebendo de todas as partes o braço amigo, a inteligência fulgurante das nações do Universo. Louvou o movimento revolucionário do Clube da Madrugada e agradeceu, comovidamente, o título de Sócio Emérito que lhe era concedido.

Passados os trabalhos à 2a. parte, Luiz Bacellar leu poesias de sua autoria e de Jorge Tufic, as quais mereceram acalorados aplausos. A pedido, Ramayana leu artigos de sua autoria sobre os mistérios da Amazônia, que também mereceram aplausos.

Encerrando a festiva solenidade, o poeta Jorge Tufic agradeceu a presença de todos e ratificou os propósitos do Clube da Madrugada, em trabalhar pela expansão das obras literárias do Estado.

(*) A residência do desembargador André Araújo estava situada à rua Tapajós, em frente ao Luso Sporting Clube; ainda pertencente à família, é ocupada por seu filho João Bosco Araújo.

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