CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

segunda-feira, abril 18, 2016

COLUNA FILATÉLICA

De autoria e responsabilidade de Nelson Porto, que nasceu em São Paulo, em 1923, mas foi criado no Rio de Janeiro, de onde partiu para Manaus, na condição de engenheiro da extinta Panair do Brasil. Aqui, foi professor e diretor da Faculdade de Engenharia da Ufam. 


Interessou-se pela Filatelia, em 1941, e nunca mais se livrou dessa paixão. Tanto que, em 1969, promoveu a criação do Clube Filatélico do Amazonas, e exerceu sua presidência até sua morte em março de 2005. O Clube segue funcionando, em nossos dias sob a presidência do Jorge Bargas.

Nelson era igualmente competente apreciador de música clássica, razão pela qual constituiu com amigos um clube e, sobre o assunto, apresentava aos domingos programa noturno na Radio Rio Mar. 

Sua coluna era publicada no Jornal do Commercio, donde retirei a pressente postagem, datada de 25 de fevereiro de 1986.


A ZONA FRANCA E A FILATELIA 

Próximo dia 28 a nossa Zona Franca de Manaus estará completando 20 anos de existência. Os primeiros anos foram de grande euforia para os amazonenses. Importávamos tudo: desde sorvetes alemães até carros americanos (Malibu etc). Depois, o decreto 288 começou a ser mutilado aos poucos. Restrições quase sempre exigidas pelos sulistas — iam sendo feitas. E hoje, se ainda podemos nos orgulhar de sua existência, devemos a alguns abnegados dirigentes que vêm lutando para sua preservação, sem o que, em nossa opinião, o Amazonas não terá chances de se desenvolver.
O primeiro selo brasileiro referente à Zona Franca surgiu em 13 de março de 1968. Um exemplar feio, com um facial de 10 centavos (saudosos tempos...) e uma tiragem de 3 milhões de exemplares (hoje este selo está cotado pelo RHM em Cz$ 2,00). Em 1972 e 1977 a data passou em brancas nuvens. Ninguém se lembrou...
Finalmente em 1982, mas muito atrasado, surgiu em agosto um [selo] comemorando os 15 anos da ZF. Com um facial de Cr$ 75,00 (que enorme diferença do primeiro!!!) um belo selo figurando três mãos e uma paisagem amazônica, apareceu. Agora, que vamos comemorar os 20 anos, somente se lembraram de mandar fazer um carimbo (pelo menos...).

E no dia 23, iniciando uma série de eventos, na Sala João Donizetti, no Cecomiz, será o carimbo aposto em selos e envelopes daqueles que lá forem. Ilustramos nossa Coluna com o desenho de tal carimbo.

NOTICIÁRIO  

Este mês de fevereiro em verdade não terá nenhum lançamento filatélico, a não ser o carimbo acima e outros especiais que a ECT mostra em seu Informativo 2/87. Selos, somente em março: dia 5, um selo comemorando o 1° Centenário do nascimento de Heitor Villa-Lobos; dia 20, dois selos focalizando o Correio Rural e o Correio Acelerado Internacional; e, sem data definida, um selo mostrando a participação da FAB no Programa Antártico Brasileiro. Maiores informações mais tarde.

Continua em exposição na nossa AF [Agência Filatélica], os "Máximos Postais" brasileiros de Jorge Bargas da Silva. E, para o dia 18, a ECT promete enviar a coleção: Tradição e Cultura Popular Brasileira. Aguardemos.

Anuncia a Administração Postal das Nações Unidas o lançamento em 30 de janeiro passado de três selos homenageando Trygve Lie, que foi secretário-geral da ONU por sete anos. Quem tiver interessado em adquirir tais selos pode escrever para: Comendador Adalberto Marcus, Praça da República 270—s1; CEP 01045, São Paulo.

Uma interessante série que os Estados Unidos vêm lançando com certa regularidade refere-se à "Herança Negra" em sua história. Foram os personagens de cor que muito fizeram para o progresso americano, em todos os campos. Neste 1987, já surge mais um deles: homenagem a Jean Baptiste Point Du Sable, com um facial de 22 cents. Também ilustramos nossa Coluna com este selo.

Próximo mês de março deverão estar à venda os classificados que a ECT lança todos os anos, com os selos do ano anterior. Já informamos a nossos leitores que, o de agora, com os selos de 1986, não trará bloco da Copa. Este ano já está sendo vendido no Rio de Janeiro a Cz$ 100,00.

— Continuam as dificuldades para se conseguir “classificadores” do Sul. Os habituais fornecedores informam que ainda não podem enviar lista, aguardando novos preços. E dizem que o novo RHM, que certamente virá em abril, terá aumentos substanciais em nossos selos...

 Toda correspondência para esta Coluna pode ser enviada à CP 581—69011 Manaus-Amazonas.







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