CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sexta-feira, junho 03, 2022

DONA DORA: 02 JUNHO 1992

 Perdão, Dona, a postagem deveria ter circulado ontem, não que eu tenha esquecido, até lembrei demais. Uma coisa e outra, vai hoje essa lembrança de que há 30 anos a senhora se foi. Não esqueço o velório e o sepultamento no cemitério São Francisco, quando efetuamos o cortejo à moda antiga, carregando o caixão pelas ruas do Morro da Liberdade. Sua ida desarmou esses "moleques", seus filhos, que se espalharam pelo país. Estamos bem, cada qual a seu modo, a senhora breve vai receber uma tetraneta, a primeira, Até o final do ano, vou reunir a família na sepultura existente no São João Batista, perto de casa. Encerro recebendo sua benção.

A mansão da rua Amazonas, 29 Morro da Liberdade, 
local de tantas lembranças e saudades

Há algum tempo venho percebendo o emprego de “boadrastra”, em substituição ao termo madrasta.  Quem o emprega, certamente, deseja ressaltar a grata presença e o tratamento auferido da nova companheira paterna. Envolvido por este sentimento, lembro aqui a minha “boa”, ainda que nessa data, a de seu falecimento, ocorrido em 1992.  

Assim, simplesmente Dona, a tratávamos. Dona Dora chegou em casa ao casar-se com seu Manuel Mendoza, viúvo de dona Francisca (minha mãe). Era 20 anos mais nova que meu pai, razão pela qual entendia que ela faria o sepultamento do velho. Bem que cuidou com devotamento do marido e os filhos deste, daí meu ininterrupto entusiasmo por ela.
Porém, não teve sorte com a saúde, o câncer a matou apesar de nossos cuidados, deixando o velho novamente viúvo. Este somente faleceu há quatro anos, com 98 anos. Desfrutei esse privilégio. 
De jeito que estou de acordo com a nova ortografia para indicar a “boa” (ou excelente) substituta de nossa mãe. Até a eternidade, Dona!

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