Desativada em novembro de 1930, a Polícia Militar do Amazonas levou mais de 5 anos “fora do ar”, melhor dizendo, impedida de executar sua missão. Ao retornar, em abril de 1936, parecia mais acertada. Reagrupados seus elementos, a corporação foi paulatinamente se recompondo. Diversas novas providências foram incorporadas à instituição. Trato hoje do Serviço de Saúde.
Antes da desativação, o atendimento sanitário era realizado por médico do Estado, que atendia aos policiais passando pela caserna. Os casos mais graves eram encaminhados aos hospitais da cidade, com mais frequência à Santa Casa de Misericórdia.
Quando da reativação, porém, foi criado o Serviço de Saúde (SS), cujo primeiro dirigente foi o médico Walmik Ramayana Paula e Souza de Chevalier (foto), mais bem identificado por Ramayana de Chevalier, com o posto de capitão. Este médico, nasceu na residência da família situada no cruzamento das ruas Quintino Bocaiuva com Dr. Moreira. A família o enviou a Salvador, onde Chevalier frequentou a Faculdade de Medicina da Bahia, concluída em 1933. Ao tempo, Getúlio Vargas havia tomado o poder executivo do país.
Somente
em 1943, temos notícia da inclusão de alguns médicos, não obstante uns terem se
mantido em reduzida permanência no serviço. Em 13 de fevereiro, foi incorporado
o Dr. Stelio José dos Santos Lobato, no posto de 1º tenente; um mês depois, em
14 de março, foi a vez do médico Djalma da Cunha Batista (graduado na Faculdade
de Medicina da Bahia), na condição de capitão, mas que se manteve no SS somente
seis meses.
Em
setembro daquele ano, chegaram dois médicos: em 13, o Dr. Danilo de Aguiar
Correa, graduado na Medicina do Pará, na condição de 1º tenente. Ingressou na
política e foi deputado estadual até sua morte em acidente aéreo no interior do
Amazonas. A 17, foi admitido o Dr. Alfredo Correa Lima, amazonense graduado
pela Faculdade de Medicina do Rio. Logo, porém, restou este médico para atender
aos policiais, pois os demais haviam desistido do emprego, inclusive Chevalier,
que se mudara para o Rio e trabalhava na imprensa local, com elevado reconhecimento.
Somente
em 2 de fevereiro de 1950, no entanto, é que a Polícia Militar acolheu novo
médico. Acolheu o Dr. Antonio Hosannah da Silva Filho, também oriundo da
Medicina da Bahia. Incluido com o posto de 1º tenente e alcançando o coronelato,
empenhou-se no Serviço, deixando forte lembrança entre seus pacientes policiais;
atendia ainda à Polícia Civil, no Instituto Médico Legal, que hoje leva seu
nome.
Na
próxima postagem, vou relembrar os raros Dentistas do período e os Médicos que vieram
a partir da década de 1960.
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