MANOEL SANTIAGO (1897-1987)
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Manoel Santiago |
Arquiteto Marcos
Cereto, professor da Ufam, estudioso da produção de Severiano Mário
Porto, organizou com apoio da classe uma semana de estudos. Uma das atividades
ocorreu no Palacete Provincial, que abrigou a exposição de trabalhos de
profissionais de diversos estados.
O
painel de abertura (foto) homenageou ao artista plástico Manoel Santiago,
amazonense que fez sucesso longe de sua cidade. A leitura do texto aqui compartilhado
mostra, a despeito das reduzidas notas biográficas, o valor do artista.
Nascimento:
Manaus - AM, em 25 de março de 1897. Morte Rio de Janeiro - RJ, em 29 de
outubro de 1987. Viveu no bairro da Cachoeirinha, em um casarão bem confortável,
cercado de mata virgem, com varandas largas e perfumadas pelos pés de maracujá.Foi
por aqui mesmo que ele estudou ainda menino, aos 6 anos pintou o retrato de
seus avós, seus primeiros desenhos foram nos muros da casa do coronel Santiago,
homem cheio de autoridade, mas que soube apoiar e ajudar a despertar os
pendores do filho.Artista
premiado, estudou em Belém (PA), ingressou no serviço público federal, seguiu
para o Rio de Janeiro e estudou no Instituto Belas Artes onde conheceu a
pintora Haydéa, com quem casou-se.Foi
um artista dedicado aos estudos da arte, expondo, conhecendo outros mestres,
fazendo amigos e marcando sua presença em meio deles.Foi
professor na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde contava
histórias da Amazônia, seus feitos na pintura e sobre sua vida em Paris. Seu
lema era "nasci pintando", foi bacharel em Direito e a par da pintura
exerceu o cargo jurídico no Ministério da Fazenda, onde após 40 anos de
trabalho se aposentou.Fama
e segurança só vieram mesmo através da Arte, sua verdadeira paixão, como
escreveu em carta à Haydéa "que linda a vida de pintor que só se dedica a
interpretar a natureza". Sua arte é considerada por críticos como uma arte
perfeita, arte da alma, e muito embora em sua paleta use pura todas as cores do
prisma, sua preferência são pelos tons azuis e verdes que descrevem o mar e a
vegetação, marcadamente em suas obras, característica do pintor brasileiro que
foi, cujas cores e ambiente refletem sua pátria em toda a sua típica natureza.
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