Quartel do 1º Batalhão, em Petrópolis |
Comentários circulantes na corporação quando ali desembarquei davam conta
que o arquiteto Severiano Mário Porto chegara em Manaus a convite do governador
Arthur Reis (1964-67). Tudo porque este habilíssimo profissional estava
encarregado da elaboração de um novo quartel para a Força Estadual.
Hoje, Porto completa 85 anos. Por este motivo, seus amigos e admiradores
promoveram em jornais locais os merecidos parabéns. Lembro-me que a Polícia
Militar, agora comandada pelo coronel David Barbosa, já expressou seu entusiasmo
pelo mestre, na concessão da Medalha Tiradentes.
Sei igualmente que os amigos reúnem os dados sobre as obras produzidas no
Amazonas pelo aniversariante. Gostaria de colaborar, lembrando mais detalhes
sobre o Quartel da Polícia Militar, no bairro de Petrópolis. Este trabalho deve
concorrer em precedência com o estádio Vivaldo Lima.
As obras em Petrópolis consumiram dois governos: de Arthur Reis e Danilo
Areosa, este as deixou relativamente acabadas quando passou o Poder Executivo ao
coronel João Walter de Andrade, em janeiro de 1971. O complexo militar estava
destinado a aquartelar toda a corporação em Manaus, afinal, esta mal contava
com 1000 homens.
Quartel do 1º Batalhão, em Petrópolis, em 1979 |
No entanto, o comandante da PM, coronel Paulo Figueiredo, preferiu
manter-se no quartel da Praça da Polícia, apesar deste estar se desmanchando.
Em novembro desse ano, transfere o 1º Batalhão de Polícia Militar, sob o
comando do tenente-coronel Flávio Rebello, para o longínquo bairro de
Petrópolis.
Somente 40 anos depois, o comando-geral da corporação ocupou seu espaço.
E, por muito pouco, a PM não se encontrava no mesmo endereço, afinal foram
tantas unidades para lá transferidas, que faltam acomodações para abrigar
tantos, ao contrário de sua inauguração.
Recordo informação ouvida não sei onde e de quem: a Escola Estadual
Castelo Branco, situada no bairro de São Jorge, teria sido construída copiando
a planta do quartel de Petrópolis. Bastante modificado, o edifício da Polícia
ainda resguarda aqui e ali uma das marcas deste arquiteto: a madeira. As
janelas foram construídas de madeira, ao lado de outros elementos vasados.
Detalhe final: os alojamentos (dormitórios) dispunham de armadores de redes, contribuindo
para que os policiais utilizassem as regionais “baladeiras”.
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