Ruínas do Hotel Casina ou do cabaré chinelo, década passada. |
O desaparecimento
dos endinheirados seringalistas e comerciantes permitiu o surgimento de uma classe
B, frequentadores notívagos (homens e mulheres) que acabaram cravando nesse
endereço o apelido de “cabaré chinelo”. Assim ele segue mais conhecido.
Não se
conhece a data da mudança, mas, na década de 1940, acredito que a situação daquela
área já estava degradada com a prostituição. Uma informação no mínimo interessante
a esse respeito é transmitida pelo comando da Polícia Militar do Amazonas
(PMAM). Logo após o Natal de 1945, em documento de circulação diária, o boletim
da corporação, o comandante baixava a
seguinte norma:
Proibição de praça comparecer ao Cabaret (sic).
Tendo
chegado ao meu conhecimento que praças desta Corporação comparecem
frequentemente ao Cabaret da Praça Pedro II, após meia noite e ainda portam-se
de maneira inconveniente, resolvo:
a)
– fica terminantemente
proibido a praças desta Força frequentar aquela casa de diversões;
b)
– os oficiais que fazem o
serviço de dia, enviem patrulha vez por outra àquela casa alegre e façam
prender todo e qualquer praça desta Corporação que encontre no seu interior.
Ruinas do cabaré chinelo, vistas dos fundos, em 1974 |
Ainda não encontrei,
se é que houve, a revogação desta norma. Mas deve ter caducado, com a desativação do
cabaré. Agora, quê mistura explosiva: policiamento e prostituição.
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