Quando do falecimento do poeta Vinicius de Moraes, em 9 de julho de 1980, este acontecimento teve relevante repercussão. Não somente entre seus acompanhantes no bar do Caldeira, porém, com vitalidade entre intelectuais.
Compartilho os textos de dois acadêmicos sobre o saudoso Vinicius, ambos poetas, escritos em jornais da cidade. Um, de Homero de Miranda Leão (Jornal do Commercio, 23|07|1980) e dois, do padre Nonato Pinheiro (Jornal do Commercio, 17|08|1980).
1 - VINICIUS DE MORAES -
padre Nonato Pinheiro
A recente morte de
Vinicius de Moraes provocou no país um surto emocional de saudade e ternura em
torno do astro que se apagou no tempo, mas continuará a luzir na posteridade,
nas páginas antológicas de suas soberbas produções. Poeta, teatrólogo, cronista
e compositor, legou-nos uma obra literária digna do maior apreço, pelo alto
quilate de suas mensagens.
Vinicius convenceu-se de
que o super comodismo dos novos tempos já não dá oportunidade triunfal para o
poema papel, o poema-livro. O homem moderno, ultra comodista, já não suporta
segurar o volume e volver as páginas do livro. Isso importa em cansaço e
cafonice.
A vez é do poema canção,
poema-musical. A poesia não entra mais no espírito pelo vestíbulo das pupilas,
mas pelas arcadas auditivas, envolta nas sororidades fascinantes da melodia.
Embora não aceite integralmente esse ponto-de-vista do saudoso e pranteado
poeta, talvez por ter herdado do berço o culto do livro, coisa para mim
inseparável da cultura, esse ângulo visual não deixa de ter seus atrativos.
1 - VINICIUS DE MORAES -
padre Nonato Pinheiro
A recente morte de
Vinicius de Moraes provocou no país um surto emocional de saudade e ternura em
torno do astro que se apagou no tempo, mas continuará a luzir na posteridade,
nas páginas antológicas de suas soberbas produções. Poeta, teatrólogo, cronista
e compositor, legou-nos uma obra literária digna do maior apreço, pelo alto
quilate de suas mensagens.
Vinicius convenceu-se de
que o super comodismo dos novos tempos já não dá oportunidade triunfal para o
poema papel, o poema-livro. O homem moderno, ultra comodista, já não suporta
segurar o volume e volver as páginas do livro. Isso importa em cansaço e
cafonice.
A vez é do poema canção,
poema-musical. A poesia não entra mais no espírito pelo vestíbulo das pupilas,
mas pelas arcadas auditivas, envolta nas sororidades fascinantes da melodia.
Embora não aceite integralmente esse ponto-de-vista do saudoso e pranteado
poeta, talvez por ter herdado do berço o culto do livro, coisa para mim
inseparável da cultura, esse ângulo visual não deixa de ter seus atrativos.
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