Costumo elencar em janeiro os acontecimentos mais relevantes de anos anteriores, com intuito de relembrá-los. Assim procedi, quando observei que duas tragédias marcaram aquele ano: uma, em agosto, envolvendo tragicamente o tenente Moraes Lisboa da Polícia Militar do Amazonas. A outra, em dezembro, com a queda da aeronave PP-PDE da Panair do Brasil, cuja emoção encobriu a cidade e se expandiu pelo país.
Tenente Lisboa |
São
passados sessenta anos daqueles episódios, que serão relembrados por
autoridades e por familiares dos envolvidos. Estou comentando, porque fui
convidado a colaborar com os eventos, esperando contribuir com o melhor suporte.
Os convites me alcançaram através da administração deste Blog, onde tratei destes
episódios, espero agora com o adjutório de interessados aprofundar as informações.
Sucintamente,
porque em breve será ampliado ao extremo, em 15 de agosto morreu o 2º tenente
Osvaldo Anacleto de Moraes Lisboa, de 34 anos, ao retornar de uma missão policial
ao rio Purus, no então município de Abufari. Morreu de causa indeterminada,
segundo laudo médico, porém a brevidade da doença causou comoção no Corpo
Policial e na cidade de Manaus e outros municípios onde o oficial havia trabalhado.
Local do desastre, em foto atual |
Na
metade de dezembro, o avião da Panair de prefixo PP-PDE, viajando de Belém para
Manaus, caiu em floresta densa nas proximidades do rio Preto da Eva. As imensas
dificuldades que assolavam a Segurança em Manaus levaram com que as equipes de
busca demorassem dez dias para alcançar os destroços. Morreram 53 passageiros e
tripulantes. A área adiante passou à jurisdição do Exército, que nela instalou
uma base de treinamento do CIGS. O conhecido Centro segue reverenciando os
mortos neste local, intitulado de Clareira do Avião.
Para
se ter uma ideia da precariedade da Segurança, o Corpo de Bombeiros Municipais
sequer possuía viatura e nem quartel. Estava alojado na garagem do Paço da
Liberdade. Era como se não existisse. Mais operante eram os “Voluntários do
comandante Ventura”.
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