De retorno às anotações para o livro sobre a Banda de Música, aproveitei os dados sobre o falecido maestro Manuel Belarmino da Costa para esta postagem. Nascido em Belém/PA, seu nome integra o livro Música e Músicos do Pará, de Vicente Salles.
Fragmento do tópico sobre Belarmino no livro de Salles |
Salles registra que Belarmino foi aluno de Rivera. No entanto, em 1909, Rivera encontrava-se alistado na Banda de Música da PMAM, em Manaus. E nela permaneceu até 1924. Se não mais (?) voltou... e tendo morrido em Manaus... Outro desencontro: os arquivos policiais indicam que Belarmino esteve em Manaus, integrando a Banda local por três anos. Teria vindo a convite de Rivera e, sim, aqui sendo instruído? É fato que retornou a Belém, mudou-se para São Luís do Maranhão, onde ingressou no 24º BC. Mais adiante, transferiu-se para o 26º BC, retornando a Belém.
Capa do livro de Vicente Salles |
Em 1932 (aos 25 anos), esteve em São Paulo participando (?) da Revolução Constitucionalista. Somente em 1944 (22|05) regressou à Belém, quando foi incluído na Polícia Militar do Pará, na condição de sargento-ajudante músico. Breve alcançou o oficialato e, sendo 2º tenente, passou a dirigir a Banda; enfim, no final dos anos 1950, passou para a reserva como capitão. Detalhe: foi com esta patente que, em 1960, visitou Manaus, tendo se apresentado no quartel da Praça da Polícia, sem que o livro competente tenha registro o fim da visita.
Contemporâneos
seus lembram-se dele: de baixa estatura (1m65), branco (faioderme, na tipologia
mais antiga) e, pormenor, com uma respeitável cabeleira, que lhe compunha a
postura de maestro. Durante o ano de 1961 dirigiu a Banda de Música da PMAM,
todavia, inexiste qualquer registro sobre a passagem deste profissional pelo conjunto
amazonense. Como é notório, logo retornou a capital paraense. Já reformado, reorganizou
a Banda dos Bombeiros do Pará, em 1966. Faleceu em Belém, em 9 de agosto de
1983, aos 76 anos.
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