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sexta-feira, fevereiro 18, 2022

PMAM: UM MAESTRO DA BANDA

 De retorno às anotações para o livro sobre a Banda de Música, aproveitei os dados sobre o falecido maestro Manuel Belarmino da Costa para esta postagem. Nascido em Belém/PA, seu nome integra o livro Música e Músicos do Pará, de Vicente Salles.

Fragmento do tópico sobre Belarmino no livro de Salles

Belarmino (seu nome de guerra) nasceu na cidade marajoara de Soure (PA), em 24 de agosto de 1907, filho de Adolfo Gonçalves da Costa e de Gaudência Miranda da Costa. Ainda naquela cidade começou os estudos musicais com o espanhol Manuel Puga Rivera, já referido neste trabalho. Obviamente, depois que Puga foi-se de Manaus, onde integrou a Banda amazonense.

Salles registra que Belarmino foi aluno de Rivera. No entanto, em 1909, Rivera encontrava-se alistado na Banda de Música da PMAM, em Manaus. E nela permaneceu até 1924. Se não mais (?) voltou... e tendo morrido em Manaus... Outro desencontro: os arquivos policiais indicam que Belarmino esteve em Manaus, integrando a Banda local por três anos. Teria vindo a convite de Rivera e, sim, aqui sendo instruído?  É fato que retornou a Belém, mudou-se para São Luís do Maranhão, onde ingressou no 24º BC. Mais adiante, transferiu-se para o 26º BC, retornando a Belém.

Capa do livro de Vicente Salles

Em 1932 (aos 25 anos), esteve em São Paulo participando (?) da Revolução Constitucionalista. Somente em 1944 (22|05) regressou à Belém, quando foi incluído na Polícia Militar do Pará, na condição de sargento-ajudante músico. Breve alcançou o oficialato e, sendo 2º tenente, passou a dirigir a Banda; enfim, no final dos anos 1950, passou para a reserva como capitão. Detalhe: foi com esta patente que, em 1960, visitou Manaus, tendo se apresentado no quartel da Praça da Polícia, sem que o livro competente tenha registro o fim da visita.

Contemporâneos seus lembram-se dele: de baixa estatura (1m65), branco (faioderme, na tipologia mais antiga) e, pormenor, com uma respeitável cabeleira, que lhe compunha a postura de maestro. Durante o ano de 1961 dirigiu a Banda de Música da PMAM, todavia, inexiste qualquer registro sobre a passagem deste profissional pelo conjunto amazonense. Como é notório, logo retornou a capital paraense. Já reformado, reorganizou a Banda dos Bombeiros do Pará, em 1966. Faleceu em Belém, em 9 de agosto de 1983, aos 76 anos.


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