Conversei em dezembro passado, em Brasília-DF, com um comerciante de selos e outros produtos filatélicos. Roberto Silveira (Filatélica Brasília) me proporcionou algumas informações sobre o quadro atual e as perspectivas para o futuro. Que acontecerá com a Filatelia? Se “ninguém escreve para o coronel”, parodiando o escritor Vargas Llosa.
Carta para o coronel Roberto (1985) |
Dias desses, o aficionado filatelista Jorge Bargas me presenteou com recortes de jornais temáticos. Alguns cinquentenários. Neles deparei-me com comentários sobre o assunto, sobre a preocupação com o futuro da Filatelia, já àquela ocasião. Reproduzo trechos do mesmo autor (ainda em atividade): Mauro Nogueira Valias, em Coluna Filatélica, circulada no jornal Correio do Sul (nov. 1994), Varginha-MG.
Quando não sabemos, mas
tudo caminha rápido e célere para o fim da genial invenção de Sir Rowland Hill
em 1840 na Inglaterra. Uma coisa é certa: o selo postal não completará seu
bicentenário em 2040. Por que estamos prevendo seu fim com tamanha convicção? Por
uma evidência muito simples, que é o progresso fantástico dos meios de
comunicação. Com o advento do telex, "fax", porteamentos por verbas e
franquias mecânicas, que firma por menor que seja irá mais selar carta por
carta, expedi-las e aguardar resposta um mês depois? E o que está por vir no
setor?
Estamos avançando muito no
tempo, mas com uma certeza quase absoluta que ocorrerá exatamente assim. Não somos
videntes agourentos e nem arautos de más novas e sim realistas, pois não há
como lutar contra o progresso e a evolução das coisas que nos cercam. Nem mais
adiantará que ajudem a salvar a Filatelia Brasileira. Não é ela que está
morrendo, mas sim, a razão de sua existência no selo postal.
Recorte da Coluna Filatélica |
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