SOMBRAS
Quase
ao chegar ao fim da longa caminhada
O
corpo combalido, as pálpebras descidas,
Deus
não me permitiu volver o olhar à estrada,
Para
rever ao longe, as sendas percorridas...
Mas,
tenho na memória as emoções sentidas,
No
firme palmilhar da vida prolongada
As
horas de alegrias e de emoções vividas,
Os
momentos de dor, de lágrimas salgadas...
Os
cânticos de amor ao sol da primavera,
A
ilusão fugaz de posse da quimera
Aurida
no dulçor de uns lábios de mulher...
As
sombras do passado unem-se as do presente
A
que fui condenado inapelavelmente
Na
sábia decisão de Deus que assim quer...
A Poesia
deste domingo é de autoria de Joaquim Antonio da Rocha Andrade, mais conhecido
por JARA, que nasceu em Belém do Pará, porém, levado para Portugal ali
completou a formação escolar. Quando retornou ao Brasil, passou pelo Rio de
Janeiro, onde se iniciou no jornalismo. Em seguida, buscou o Norte começando em
Sena Madureira-AC, a escala seguinte e definitiva foi Manaus, onde viveu a vida
nos jornais. Começou nos jornais de Archer Pinto, e o restante dos subsídios incumbem
a André Jobim, em “Velhos Tempos”.
Trabalhou também no Jornal do Povo,
de Machado e Silva; Correio de Notícias, de Isaias Lima Verde, ao lado
de Emiliano Marinho Filho, Abdul Rayol de Sá Peixoto, nós [André Jobim], Bento
e Pedro Amorim, ao tempo da campanha de Severiano Nunes [derrotado] para governo
do Estado; em A Gazeta, do Dr. Avelino Pereira; depois, na fase de
fundação de A Crítica, de Humberto Calderaro, passando em definitivo, em
1951, para esse jornal, tendo em Calderaro um amigo e protetor, não esquecendo
os demais amigos de O Jornal e Diário da Tarde e Jornal do Commercio.
É dono de uma “Taça de Prata” como reconhecimento de A Crítica pelos
seus relevantes serviços prestados àquele jornal, onde 14 anos trabalhou...
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