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quinta-feira, setembro 05, 2024

EQUIPAMENTOS DO CORPO DE BOMBEIROS – 50 ANOS

50 anos, na tarde do Sete de Setembro, o Corpo de Bombeiros, então ancorado na Polícia Militar do Amazonas, subiu as escadarias da Matriz da Padroeira para demonstrar os equipamentos recém incorporados ao seu patrimônio. Manaus, então, podia confiar no desempenho dos “homens do fogo”, afinal a cidade havia presenciado cenas de desespero, algumas devido a carência material daquela unidade de socorro.
Auto Escada Metz, a primeira em Manaus (acima)
coronel Pedro Câmara👇

Assistiram ao adestramento o governador do Estado, João Walter, o comandante-geral da PMAM, coronel EB Lucy Coutinho, o comandante do CB/PMAM, coronel PM Pedro Câmara, entre tantos e povo em geral. Ainda do livro Bombeiros do Amazonas saquei esta memória que o coronel (hoje reformado) Osório Fonseca guardou desta Unidade. Lembrou-me, quando entrevistado, que foi comandante do quartel da Codajás entre 1978-79, e, perguntado sobre a incorporação deste serviço à Força Estadual, resumiu:

Em 1973, a PM assumiu o Corpo de Bombeiros. Logo, chegaram os carros, os equipamentos. Tornaram-se motivo de enorme vaidade para os policiais militares. Manuseá-los era demais, pois, nenhum bombeiro em Manaus vira uma Auto Escada que, equivocadamente, chamavam de magirus. Tratava-se, sim, de uma escada alemã, mas o fabricante era Metz. Para ostentação, exibia-se a auto escada em qualquer lugar ou reles oportunidade. Até para, do quartel, observar as margens do rio Negro, onde a balsa que leva para Manacapuru parava. Era o tal de levantar, "arvorar", descer a escada etc. Parecia até um "brinquedo" importado, porque não havia sequer prédio alto na cidade de Manaus.  

Detalhe da capa do livro

Desde 1998, emancipado da PM, o serviço de extinção de incêndios e outras atividades afins passou ao encargo do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, que prospera conduzindo os “homens e mulheres do fogo”, “sempre prontos para pousar em meio ao horror das grandes hecatombes, para o labor sublime de salvar, de resgatar, de opor uma barreira aos desastres, aos sinistros, às catástrofes”, consoante glorificou o saudoso poeta Farias de Carvalho.


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