CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, outubro 17, 2013

BANCO DA AMAZÔNIA (1)



Autorretrato de
Anísio Mello
Anísio Mello, saudoso multiartista, empreendedor prodigioso, foi funcionário do Banco da Amazônia (Basa). Três detalhes, contudo, necessitam ser revelados: AM ingressou nesta Casa de Crédito em 1954, quando residia na capital de São Paulo e aquela se intitulava Banco de Crédito da Amazônia.
Alguns anos depois, ainda em São Paulo, AM fundou e dirigiu por cinco anos um jornal, o quinzenário Folha do Norte, empenhado em divulgar os diversos acontecimentos, como apregoava, da região nortista.  Foi da coleção desse periódico que saquei o texto abaixo, que conta parte da história do Basa. As ilustrações também pertencem ao editor do jornal, pois sua capacidade artística assim permitia. Na ausência de foto, entrava em ação o lápis ou as tintas do Anísio Mello.
Logo do quinzenário de Anísio Mello
BCA: Vinte anos - Dez presidentes
O primeiro presidente do Banco de Crédito da Amazônia S. A., àquela altura Banco de Crédito da Borracha S.A., foi o então capitão (do Exército) Oscar Passos que, com três diretores - um brasileiro e dois norte-americanos – constituiu a superior       administração do novo instituto de crédito que, sob tão notáveis auspícios, assim surgia. Esses três diretores eram Sady Carnot Brandão, Edmond Eugene Long e James A. Russel Jr. Pouco depois, entretanto, Sady Carnot renunciava, entrando a substitui-lo Ruy Mário de Medeiros.

Posteriormente, foram criados mais dois lugares na diretoria, ocupados por nacionais, recaindo a escolha do Governo Central, para esses dois cargos, nos prof. Abelardo Condurú e José Dias da Cunha, funcionário do Banco do Brasil, na capital do País.
Durante o exercício de 1943, renunciaram José Dias da Cunha e os dois diretores americanos, estes últimos substituídos, Long por Edward Russel Jobson e o Russel, por Walter Eckstein Kluppert, que tendo pedido licença e, a seguir, renúncia, foi substituído, primeiro, por John N. Neuman e, finalmente, por George Edward Pell, enquanto Inácio Soriano de Amorim Caldas, àquela altura exercendo as funções de superintendente, no Banco, entrava para a diretoria, a substituir Dias da Cunha.
Nesse mesmo ano, a 25 de janeiro, o presidente Getúlio Vargas assinava decreto nomeando para a presidência do Banco o Dr. José Carneiro da Gama Malcher, em substituição ao já major Oscar Passos.
 
A administração José Malcher se estendeu até janeiro de 1946, quando, ascendendo ao Governo da República, o general Eurico Gaspar Dutra nomeou para a presidência do Banco o Dr. Firmo Ribeiro Dutra, constituindo-se, então, logo a seguir, a diretoria com Ruy Medeiros, Abelardo Condurú, Inácio Caldas, Carl L. Reed e Edward Bacon Hamill. Em janeiro do ano seguinte, renunciava Ruy Medeiros, enquanto lamentável desastre verificado nas águas do rio Guamá, quando a lancha em que viajava explodiu, arrebatava a vida de Inácio Caldas.
Simultaneamente, terminava o prazo de administração do prof. Abelardo Condurú, que vale dizer três vagas se abriam, dessa maneira, na superior administração do Banco. Com isso, em 31 de março desse ano, a Assembleia-Geral do estabelecimento, reunida, preencheu as vagas, elegendo diretores aos Dr. Otávio Augusto de Bastos Meira, Francisco de Paula Valente Pinheiro, já a essa altura exercendo destacada função no Banco, e Dr. Francisco Vieira de Alencar, nome prestigioso, do seio do funcionalismo do Banco do Brasil, o qual, entretanto, não aceitou, por motivos ponderáveis, a honrosa incumbência, levando a Diretoria, com base em disposição estatutária, a nomear para o cargo o então gerente da Agência de Manaus, Raimundo de
Alcântara Figueira (genitor de Angelus Figueira, ex-prefeito de Manacapuru), que assim completou a Diretoria.

Cessada, em 30 de junho de 1947, a vigência dos Acordos de Washington, retiraram-se da Diretoria os diretores americanos, passando, dessa maneira, a superior administração do Banco a ser integrada apenas de brasileiros.
Pouco mais de dois anos, porém, durou a administração instituída em janeiro de 1946, pois a 30 de março era nomeado pelo Poder Central, para a presidência do Banco, o Dr. Otávio Augusto de Bastos Meira, uma vez que se
exonerara do cargo o Dr. Firmo Dutra. E, a 8 de abril desse mesmo ano, era eleito para a vaga do Dr. Otávio Meira, na diretoria, José da Silva Matos, enquanto o hoje general José Faustino dos Santos e Silva era também eleito
diretor, na vaga aberta com a morte de Inácio Caldas, até então exercida em caráter temporário por Raimundo Figueira. Este, porém, continuou na diretoria, como elemento para ela nomeado. (segue)

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