CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sábado, abril 26, 2025

PAPA FRANCISCUS (2013-25)

Com o sepultamento do Papa Franciscus, hoje realizado, a Igreja encerra mais um capítulo de sua caminhada terrena. Entre tantos dispositivos litúrgicos empregados nas exéquias, encontra-se a elaboração do Rogito, documento que descreve a vida e o papado do pontífice. Ao ler este documento, compartilhei alguns parágrafos, que seguem abaixo:

Papa Franciscus

“Recomendava aos sacerdotes estarem sempre disponíveis para administrar o sacramento da misericórdia, a terem coragem de sair das sacristias para procurar a ovelha perdida e a manterem abertas as portas da igreja para acolher quem buscasse o Rosto de Deus Pai.”

“Francisco foi o 266º Papa. Sua memoria permanece no coração da Igreja e da humanidade inteira.”

“Francisco deixou a todos um testemunho admirável de humanidade, de vida santa e de paternidade universal.”

A leitura deste documento me lembrou um sacerdote da Igreja de Francisco, morto aqui em Manaus há 25 anos. A leitura do Rogito me permitiu compreender o poema Oráculo do padre-poeta L. Ruas, no qual, escrito em 1970, cantou sua orientação missionária:

Padre L. Ruas


Tenho pena, disse-me o meu Deus,

Daquele que é amado por mim. (...)

 

Aquele que eu mais amar

Jamais terá dias tranquilos

Nem mesmo aos domingos

Ele poderá se divertir.

Por exemplo, não terá

Aquela paz necessária que é preciso ter

Para passar um dia inteiro, de calção,

Num balneário. E se sentir feliz. (...)

Porque já não terá mais em si

A tranquilidade inócua dos felizes.

Não digo que ele não vá. Isso não.

Ele vai. Mas, não como os outros vão.

Porque o que ele busca nessas coisas

Não é mais felicidade. Nem prazer.

O que ele quer mesmo é me encontrar em tudo isso.

Porque eu o amo de tal modo

Que ele quer me encontrar em toda parte. (*) 

(*) Mendonça, Roberto (org.) L. Ruas: Poesia Reunida. Manaus: Travessia, 2013

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